CAPÍTULO 35 YASMIN NARRANDO: A água batia na minha cintura, morna, tranquila… Eu e o Magrão estávamos um do lado do outro, mas também não estávamos. Ele mantinha aquela distância ridícula, como se eu tivesse alguma doença. E eu? Eu fingia que não ligava. Ou tentava. — Tu é muito bocuda, sabia? — ele soltou do nada, sem me olhar. Eu arregalei os olhos. — E tu é muito abusado — devolvi na hora. — Quase matou eu na moto. Ele riu. Riu mesmo. Aquele riso debochado que dá vontade de empurrar a pessoa na água. — Se eu quisesse te matar, princesa, tu nem tinha chegado na praia. — Nossa, que reconfortante — falei, cruzando os braços dentro d’água. — Obrigada por não me matar hoje, viu? Ele virou o rosto, rindo de novo, como se eu fosse engraçada. E isso só me irritou mais. — Tu prov

