Bianca
Enquanto eu caminhava em direção ao ponto de ônibus, os pensamentos sobre aquele baile na Rocinha não saíam da minha cabeça. Cada passo parecia me puxar de volta para aquele momento, como se meu corpo ainda estivesse preso àquela noite. Rafael. O nome dele reverberava na minha mente como um eco constante, e, por mais que eu tentasse me concentrar em outra coisa, era impossível. Tudo em mim, naquele instante, estava focado nele, em sua presença e na loucura que fizemos.
Eu me lembro de como tudo começou. Estávamos dançando, o ritmo da música era forte, envolvente, e a proximidade de nossos corpos era insuportavelmente intensa. Rafael tinha algo que me atraía de uma maneira que eu nunca havia sentido antes. Não era só desejo, era algo mais profundo, mais perigoso. Cada movimento dele me prendia ainda mais.
Quando ele me puxou para o corredor, onde as luzes eram mais fracas e o som da festa parecia distante, eu sabia o que estava prestes a acontecer, mas, naquele momento, a racionalidade tinha sumido. Havia algo de insano na forma como ele me olhava, como se eu fosse uma espécie de desafio, algo que ele precisava conquistar. E eu não lutei contra isso. Pelo contrário, me deixei levar pela adrenalina, pela excitação.
Lembro de como ele me pressionou contra a parede, seu corpo tão próximo ao meu que eu quase não conseguia respirar. Seus lábios encontraram os meus de forma abrupta, e eu correspondi com a mesma intensidade, como se estivesse me afogando e ele fosse a única forma de me manter à tona. O beijo era urgente, cheio de necessidade, e, ao mesmo tempo, havia uma certa raiva ali, como se estivéssemos testando os limites um do outro.
Ele me pegou pela cintura, e eu senti a firmeza de suas mãos enquanto ele me puxava mais para perto. Havia um calor entre nós, uma tensão que parecia incendiar tudo ao redor. Eu podia ouvir o som abafado da música ao fundo, mas naquele momento, tudo o que importava era ele e o que estávamos prestes a fazer.
Rafael não perdeu tempo. Seus dedos começaram a descer pelo meu corpo, e eu senti cada toque como se fosse uma corrente elétrica. Minhas mãos agarraram seus ombros, tentando encontrar algum tipo de estabilidade enquanto ele me explorava com uma precisão quase c***l. Meu coração batia rápido, tão rápido que eu podia senti-lo pulsando em meus ouvidos, e minha respiração estava entrecortada, tentando acompanhar o ritmo do que estava acontecendo.
Foi quando ele deslizou a mão até a parte de trás da minha coxa, levantando o tecido da minha saia. Eu estava completamente à mercê dele, e, naquele instante, não me importava com mais nada. Não me importava se alguém poderia nos ver, ou se aquela situação era arriscada. Tudo o que importava era o momento, o calor entre nossos corpos e a intensidade com a qual estávamos nos entregando. Estava de costas para ele, empinando a b***a e com a calcinha afastada para o lado e pude sentir seu p*u socando dentro de mim, no ritmo rápido e intenso que não conseguia controlar os gemidos, sem me importar se alguém ia nos ouvir.
Rafael levou suas mãos na minha cintura, me segurando firme e continuando com as investidas das socadas daquele p*u, a cada socada pude sentir o p*u dentro da minha v****a que me deixava mais molhada, estava gritando loucamente por sentir aquilo dentro do meu sexo. Havia um desejo incontrolável em mim, algo que eu nunca tinha sentido antes. E, quando finalmente nos unimos, tudo ao redor desapareceu. Não havia mais festa, não havia mais pessoas, não havia mais realidade. Era só ele, seus movimentos firmes e precisos, e o som de nossas respirações aceleradas chegando no clímax.
Os minutos passaram como um borrão, e eu me perdi completamente nele. Eu não sabia mais quem eu era, só sabia que estava ali, naquela noite, vivendo algo que eu jamais conseguiria explicar em palavras. O corredor parecia mais apertado, o ar mais denso, e a única coisa que me mantinha em pé era o corpo de Rafael contra o meu.
Quando tudo terminou, fiquei ali, encostada na parede, tentando recuperar o fôlego. Meu corpo ainda tremia levemente, e, por um momento, tudo parecia surreal. Rafael me olhou, seu rosto ainda próximo do meu, e houve uma troca silenciosa de algo que eu não consegui identificar. Ele não disse nada, mas também não precisava. O que aconteceu ali não era só desejo, era algo mais profundo, algo que eu sabia que me perseguiria por muito tempo.
Enquanto esperava o ônibus, o vento frio batia no meu rosto, mas não fazia muito para me afastar dos pensamentos que me assombravam. As lembranças daquela noite na Rocinha continuavam invadindo minha mente, como se estivesse revivendo cada momento com Rafael. A batida surda do meu coração parecia ecoar no ritmo da música que ainda conseguia ouvir em minha cabeça, como se o baile ainda estivesse acontecendo.
Eu me sentia dividida. Parte de mim não conseguia acreditar na loucura que fiz, em como me deixei levar por ele de uma maneira tão impulsiva e sem controle. O Rafael era o tipo de homem que qualquer garota com um pouco de juízo saberia evitar. Ele não era só perigoso, ele exalava perigo. Tudo nele era um alerta de que eu estava me aproximando de algo que não poderia controlar. Mas, ao mesmo tempo, era exatamente isso que me atraía.
Eu fechei os olhos por um segundo e tudo voltou com uma clareza perturbadora. O calor do corpo dele, a intensidade do olhar, como se ele fosse capaz de ver através de todas as minhas defesas. A maneira como ele me puxou para o corredor escuro, onde tudo ao nosso redor parecia desaparecer. A batida da música ainda ecoava, mas no fundo, éramos só nós dois, mergulhados numa bolha de desejo e perigo que nos engolia por completo.
O toque dele em minha pele, firme e exigente, ainda queimava como uma memória viva. Eu sentia seu corpo próximo ao meu, tão quente e forte, e meu coração acelerava. Naquele corredor, onde o mundo parecia ter parado, eu me entreguei a ele de uma maneira que nunca pensei ser capaz. Cada segundo daquela noite estava gravado em mim — os sons abafados da festa, os risos distantes, e nós, escondidos na penumbra, numa entrega quase brutal.
Havia algo mais ali. Não era só desejo, não era só a atração física. Havia uma espécie de tensão, uma energia que parecia maior do que nós dois, que nos empurrava para aquele momento inevitável. Eu sentia meu corpo reagir a cada toque dele, e por mais que a razão me dissesse para parar, para pensar nas consequências, era como se eu estivesse hipnotizada, incapaz de controlar o que vinha a seguir.
Minha mente vagava de volta para o instante em que ele me pressionou contra a parede, a maneira como nossos corpos se moldaram um ao outro com uma urgência que eu nunca havia experimentado. O calor entre nós era insuportável, e o desejo era como uma corrente elétrica que não nos deixava respirar. Eu não conseguia pensar em mais nada. Tudo que eu sabia é que precisava senti-lo, mais perto, mais fundo, como se ele fosse o único que pudesse me preencher de alguma forma.
A lembrança do toque dele, o jeito como ele me olhava, me fazia sentir exposta e ao mesmo tempo desejada de uma forma que eu nunca tinha sentido antes. O que aconteceu naquele corredor não foi só uma transa apressada no meio de uma festa qualquer. Foi como se algo em mim tivesse sido rompido, como se eu tivesse cruzado uma linha invisível que não sabia que existia.
E agora, aqui, sozinha no ponto de ônibus, eu não sabia como me sentir. Parte de mim se arrependia, e essa parte era dominada pela voz da razão. Que loucura era aquela? Deixar-me envolver por alguém como ele, com a reputação que Rafael tinha? Eu sabia que ele era perigoso. Sabia que ele controlava o morro, que sua vida estava cercada de violência e decisões que eu jamais conseguiria entender. Eu deveria ter me mantido longe, evitado todo esse caos.
Mas, ao mesmo tempo, havia outra parte de mim que ansiava por mais. Que desejava reviver cada detalhe daquela noite, mesmo sabendo que era errado, mesmo sabendo que eu estava me aproximando de algo que poderia me destruir. Rafael me despertava algo que eu nunca havia sentido antes. Não era só o perigo, era a forma como ele me fazia sentir viva, como se toda a minha vida até aquele ponto tivesse sido controlada demais, segura demais, e agora, com ele, eu estava experimentando algo novo.
Eu não sabia o que aquilo significava. Não sabia o que eu queria, ou o que ele queria de mim. Mas sabia que, de alguma forma, estava envolvida agora. E por mais que tentasse me convencer de que aquilo era uma loucura, que eu deveria ficar longe, a verdade é que eu sabia, no fundo, que não conseguiria. Não depois daquela noite. Não depois de sentir o que senti com ele.
O ônibus finalmente chegou, mas eu ainda estava presa nas minhas lembranças. Quando subi e me sentei, encostei a cabeça na janela, o vidro frio contrastando com o calor das lembranças que queimavam dentro de mim. A cidade passava em flashes pela janela, mas eu m*l prestava atenção. Tudo o que conseguia pensar era em Rafael, no que ele despertou em mim, e no que eu faria quando o visse de novo. Porque eu sabia que isso aconteceria.