CARMEM - A vontade de seguir em frente.

1903 Palavras
CARMEM NARRANDO Acordei por volta das 9h, tinha demorado muito a dormir, sigo para o banho, precisava molhar a cabeça, quero começar a semana tranquila, preciso dar um rumo aos meus sentimentos. Eu não posso mais viver refém desse amor que sinto por ele, ele fez a sua escolha, ele me feriu ao me comparar a uma mulher qualquer, como se eu me oferecesse para qualquer um, eu não sou assim. Mas se caso fosse e fosse solteira qual problema? O m*l do homem é pensar que só eles podem ter uma vida livre. Mas enfim, eu não quero mais pensar nisso, quero agora dar uma guinada na minha vida amorosa, e se nesse momento ele terminasse com a Noemi e corresse atrás de mim nem assim eu o queria, eu preciso antes curar as feridas ainda tão dolorosas que essa relação me causou. Depois do banho chego na sala e encontro a Karol lendo. — Bom dia. - Ela meio que se assusta. — Quer me matar? - Nós duas rimos. — Você por acaso está fazendo algo errado aí nesse Ipad?. — Estou amiga, estou naqueles sites de homens pelados, estou necessitada pelo menos para vê né? - Cheguei perto e puxei, ela na verdade estava lendo um artigo científico. — Nem na sua folga você sossega? — Ai amiga, me deixa, eu amo estudar e você sabe bem disso. - Meu celular toca, era a minha mãe, fico um tempo conversando com ela. De repente a dona Ariana chega na sala. — Bom dia meninas, já posso servir o café? - Ela era um amorzinho. — Pode sim, porque já está quase hora do almoço né. - Seguimos para a cozinha e ficamos lá conversando decidindo o que iremos fazer nesses dois dias de que ainda nos resta de folga. Olho o meu celular e tinha uma mensagem do Akin — “ Foi muito bom te encontrar ontem, que tal um jantar hoje? não se sinta pressionada em aceitar caso não queira. beijos um ótimo dia. Fico olhando para a mensagem sem saber o que responder, não acho que seria uma boa ideia começar a sair com alguém ainda gostado dele, o Adam foi um caso à parte. Mas que inferno viu. — Bora bora Carmem, qual o problema aí nesse celular que você não para de olhar? — O Akin, mandou mensagem me chamando para jantar hoje. Mas não sei se é uma boa ideia. Além de ainda estar com essa porcaria de coração aos pedaços, ele trabalha no mesmo lugar que eu. — Que tal você parar de se sabotar? Você precisa virar a página se é isso que você quer. — Chega de desculpas Carmem, segue sua vida sem ele, você errou, tentou se redimir e o cara não quis, hoje ele está lá com a outra e o filho. Deixa eles viverem a vida deles, e segue amiga. Sei que você nunca fez nada para atrapalhar a vida dele depois que ele “casou”, mas pensa em você agora, se você não se der uma chance ninguém poderá fazer isso por você e isso é bem sério. — Tudo bem amiga, você venceu, eu vou sim, mas vou com calma com o Akin, ele é incrível, coitado faz tempo que fica atrás de mim, e vou aceitar o jantar, mas não hoje. - Pisquei para ela e ela sorriu. Olho para o celular e vejo uma outra mensagem dessa vez é do Ruan. — “ Oi meu amor, como você está, eu estou te mandando essa mensagem porque vou te visitar, estou de férias, e devo chegar em 4 dias, caso você aceite a minha estadia aí na sua casa, claro. - ai meu coração, estava morrendo de saudades dele. — Que cara feliz é essa? - a Karol pergunta. — O Ruan perguntou se poderia vir me visitar, estou louca de saudade dele. — Aiaia com um irmao daquele eu seria capaz até de um incesto. Ops, desculpa senhor. - Ela bate na boca e fica rindo. — Mas ele é gato mesmo, né? hummm . - Fico olhando para ela. — Que? ei, nem vem, conheço bem essa sua cara.- Começo a rir. — Nem vem com essa coisa de querer que eu namore o seu irmão, apesar dele ser gato, de já ter dado para ele, mas não rola mais, esqueça já foi . Isso tudo ficou lá em Barcelona. — Qual o seu medo? Eu senti que rolou algo incrível entre vocês, inclusive vocês depois ficaram lá em Boston. — Amiga, o Ruan é uma pessoa incrível, de verdade, mas você sabe que eu tenho um problema sério em me apegar, eu não consigo me apaixonar depois do Filipo. — Engraçado né? você não me mandou dar uma chance ao Akin e olha você ai. — Olha, não vamos começar com isso. - Eu sei que aquilo doía nela. — Tudo bem amiga, só queria te ver feliz. Mas vou respeitar. - Sei o quanto aquilo a deixa m*l, o quanto ela amou o Filipo e o quanto deixou marcas. Olho para o relógio e já são 11h. Vou ligar para Liza. O celular chama 2 vezes e ela atende. — Oi irmã, tudo bem por aí? - pergunto. — Mais ou menos - sinto a voz dela meio estranha. —Mas o que houve, sinto a sua voz tensa? - Não sei porque acha que não está. — Ai amiga, não está não, primeiro o Sr. Fernando não está muito bem, o tumor cresceu e ele se n**a a fazer a cirurgia com medo de ficar com sequelas motoras. Segundo - Ela dá uma pausa nessa hora. — Segundo o que amiga, fala logo. — O Pai do Alex teve a casa invadida e houve troca de tiros, com isso ele levou 4 tiros e se encontra no hospital em estado grave, ele soube hoje cedo e correu para lá. - Fiquei meio que sem ação, eu sabia de todo o amor dele pelo pai, mesmo o pai sendo tão rancoroso em relação a ele, o culpado de maneira sórdida de algo que ele não tinha nenhuma culpa. — E como ele está? - pergunta com o coração pequeno. — Eu não falei com ele, quem falou foi o Tom, segundo ele, o Alex está muito arrasado, correu para lá assim que soube. — Imagino como ele deve tá. Espero que o pai se recupere. — Como está a minha Aninha? - falei para mudar de assunto, não queria ficar pensando ele lá, tão triste. — Tá lá em casa danadinha, a Tia Dodo fica na supervisão você sabe. Ela ama aquela avô de um jeito. — Calma aí, não é assim não, só enquanto eu estava fora, agora eu vou tomar meu posto de volta, daqui a pouco estou perdendo até pro motorista. - Começamos a rir. — Você está no hospital, né? — Estou amiga, mas amanhã vamos viajar para Roma, o Sr. Fernando vai se consultar. — Ele protelou muito essa cirurgia, mas é teimoso demais. - Lembro que os médicos falaram que poderia fazer a cirurgia depois de alguns meses, mas já tem um ano. — Então manda notícias quando vocês chegarem. — Vem aqui no hospital, vocês precisam assinar umas coisas, pegar crachás e jalecos. — Tudo bem, vamos nos arrumar e dar uma passada por aí. Você vai almoçar em casa? — Hoje não, tenho reunião e se eu for para casa aí já viu né. - A Aninha não quer largar ela. Nos despedimos. — Vamos então lá assinar os papéis? e pegar as nossas coisas? — Vamos sim. — Mas não pense que eu estou esquecida da conversa sobre o meu irmão não. — Não começa. - Ela ainda mais rápido e sobe a escada quase correndo. Cerca de 30 minutos depois a gente já estava seguindo para o hospital. Chegando lá fomos direto para o RH, assinamos tudo e fomos no setor responsável pegamos o nosso jaleco que já tinha o nosso nome bordado. Cheguei na sala da Liza e a secretária dela avisou e entramos. Ficamos conversando até perto das 14h e em seguida fomos almoçar no refeitório e a comida era maravilhosa. Lá apresentei a Karol outras médicos que estavam lá, mas o Akin não estava, por sinal eu não respondi a sua mensagem. Aproveitei e respondi que essa semana a gente jantava, hj eu tinha umas coisas para resolver e sei que ia ficar cansativo. Liza tinha uma reunião e aí fomos resolver umas coisas, fomos ao supermercado e ao shopping. Chegamos em casa perto das 20h. A dona Ariana já tinha ido embora, falou que fez jantar para a gente e aí fomos comer em casa. Tomamos banho e fomos comer. Ela tinha deixado uma lasanha ao 4 queijo que eu adorava. Ficamos conversando e o sono da karol começou a chegar e resolvemos ir deitar por volta das 22h. Vou pro quarto, escovei os dentes e deitei na cama, fico pensando se devo ou nao mandar uma mensagem. — Oi, eu soube pela Liza do que aconteceu com o seu pai, sinto muito. imagino que você deva está bem atordoado, mas tenha paciência que tudo vai ser resolvido, tenta ficar. Se cuide e desejo o melhor para ele. E envio, fico olhando umas coisas no internet quando recebo uma mensagem dele. — Oi, obrigado pelas palavras. A coisa aqui realmente não está nada bem e você mais do que ninguém sabe da minha relação com o meu pai. Posso te ligar? Ai meu Deus, não sei se devo, mas quero saber se ele está precisando de uma amiga e serei isso. — Oi, pode ligar sim. - Não demora muito e o telefone toca. — Oi, que bom falar com você. - Ele diz. — Como você está? — Vê-lo daquele jeito meio inerte, foi difícil. — Eu imagino. Mas tenha fé, tudo vai ficar bem. — E você, como está? — Eu estou bem. — E aquele médico? Vocês estão juntos. - Ai não, sério que ele vai perguntar isso. — Alex, a gente não tem que está perguntando da vida um do outro, eu e você somos passado, hoje somos colegas e nada mais. — Você já me esqueceu com tanta facilidade assim? — Facilidade? são quase 12 meses Alex, não foi tanta facilidade. Mas agora vamos parar de falar das nossas vidas pessoais, não importa mais isso de sentimento entre nós dois. — Você sabe do que eu sinto por você. - Ele me diz, e sim eu sei, mas já não importa, quando era possível não aconteceu agora já foi. — Preciso desligar, estou cansada e você também precisa. — Boa sorte ai, qualquer coisa que você precisar falar conosco, temos grandes amigos ai, eu a Karol e a Liza. — Tudo bem, obrigado. Desligo pela primeira vez com vontade de seguir a minha vida e é essa decisão que acabo de tomar, mesmo amando ele loucamente. Pelo jeito esses dois ainda vão ter um longo caminho até se resolverem, vocês não acham? Vocês já nos seguem no i********:? Ainda não? Poxa, então corre lá e me sigam @autora_edeneide_xavier e Aut.GabiReis , acesse o link na bio e entrem nos nossos grupos de leitoras para receber fotos dos personagens e spoilers quentinhos. Adicionem os nossos livros na biblioteca clicando no ❤
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