MARIANA NARRANDO.
Quando acordei, estava sentada em uma poltrona dentro de um quarto lindo e luxuoso. Aquele homem dos olhos cor de mel, o cabelo loiro e a roupa toda molhada, ele olhava nos fundos meus olhos.
A chuva que caia lá fora realmente estava muito forte, ele insistiu para que eu ficasse e como eu não tinha para onde ir nessa chuva aceitei. Depois que ele saiu, ficou apenas Dolores e eu.
— Como é o seu nome menina? — Ela disse me entregando algumas toalhas dobradas.
— Mariana.
— Fica a vontade Mariana, eu vou pegar uma roupa seca para a senhora.
— Me chama apenas de Mariana, pode ser?
— Pode sim. — Ela sorriu e saiu do quarto.
Aquele quarto era enorme, passo as mãos pela roupa de cama e a qualidade dos lençóis eram de qualidade. Peguei as toalhas, fui para o banheiro, que por sinal era muito bem decorado. Tirei aquela roupa molhada, liguei o chuveiro e em seguida a água quente começou a cair. Entrei em baixo do chuveiro, parece que até a água dessa casa era diferente, eu conseguia respirar aliviada aqui dentro. Afina, nesse momento eu estava livre do Thomas.
Sai do chuveiro, enrolei uma toalha no cabelo e outra no corpo. Apoio as duas mãos na pia e fico me olhando no espelho.
— E agora Mariana, o que você vai fazer?
Eu não tenho ninguém, a minha irmã Lívia não fala comigo desde que a nossa mãe faleceu. Não tenho dinheiro e não posso procurar ninguém que conhece o Thomas, ele irá me achar. Preciso dar um jeito de sair da cidade.
Quando saio do banheiro, em cima da cama tem uma camisa masculina e uma cueca. Soltei uma risada, eu não sei nem se posso confiar nesse homem e agora estou aqui prestes a colocar a cueca dele. Se bem que na situação que estou, ou confio nele ou volto para as ruas e corro o risco de Thomas me encontrar.
Visto aquela roupa, sento na cama e fico olhando pela janela a chuva cair. Os meus olhos se fecham sozinhos, eu realmente estava ca nsada e com sono, mas não posso dormir, eu preciso ir embora e arrumar um jeito de sair da cidade assim que essa chuva passar. O Thomas não vai descansar enquanto não me encontrar.
A minha mente parecia um furacão, era um turbilhão de sentimentos que eu não sabia como parar, fechei os olhos por um segundo e quando abri o dia já tinha clareado.
— Droga, eu dormi demais. — Falo e sento assustada na cama.
O dia continuava chuvoso, eu estava vestida com a camisa dele ainda e como eu iria sair desse quarto usando essa roupa? A minha roupa com certeza estava encharcada ainda. Então levantei daquela cama, fui até o banheiro e vi que a minha roupa não estava mas lá no chão. Lavei o rosto, abri o armário e achei produtos de higiene, escovei os dentes e voltei para o quarto. Abro a porta e vejo um corredor enorme, enorme de verdade, com várias portas.
— Essa casa é enorme. — Falo comigo mesmo.
Eu preciso achar a Dolores, saber das minhas roupas, então saio daquele quarto e vou até as escadas. É capaz de eu me perder nessa casa de tão grande, vou andando pelo andar de baixo abaixando a camisa para não aparecer nada. Até que acabei tropeçando e cai no chão.
— Bom dia. — A voz do homem de ontem a noite.
— Bom dia, desculpe. — Respondo e me levanto.
Ele estava sentado, tomando café da manhã e lendo jornal.
— Até que essa camisa caiu bem em você.
— Obrigada, irei deixa-lá no quarto antes de ir embora, o senhor sabe me dizer aonde está a Dolores? Preciso saber das minhas roupas.
— Na cozinha.
— E aonde fica?
— Por ali. — Ele responde e aponta para uma porta sem tirar os olhos do jornal.
— Obrigada. — Falo e vou em direção a porta.
— Você não quer tomar café da manhã, deve estar com fome.
— Não quero incomodar, só quero as minhas roupas para que eu possa embora.
— Eu quase te matei ontem, senta e toma o seu café da manhã, essa é a refeição mais importante do dia.
O meu estômago estava roncando de fome mesmo, então me sentei ao lado dele e comecei a me servir, mesmo estando com muita vergonha.
— Não vai me dizer o seu nome? — Ele perguntou sem tirar os olhos do jornal que estava lendo.
— Mariana, Mariana Alencar.
— E eu posso saber porque caralhos você entrou na frente do meu carro no meio da chuva?
Eu engoli aquilo a seco, conto ou não? Talvez ele possa me ajudar ou talvez ele poderia me entregar para o Thomas novamente.
— Fugindo do meu marido. — Falei de uma vez e foi a primeira vez que ele olhou para mim essa manhã.
— Como assim, fugindo?
— É uma longe história. — Falei respirando fundo.
— E por acaso você tem algum compromisso hoje? Porque eu tenho um tempo para te ouvir. — Ele respondeu e dobrou o jornal colocando em cima da mesa.
E então será que Mariana irá contar a verdade?
Vocês já me seguem no i********:?
Ainda não? Poxa, então corre lá e me sigam
Aut.GabiReis , acesse o link na bio e entrem no nosso grupo de leitoras para receber fotos dos personagens e spoilers quentinhos.
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