MARIANA NARRANDO.
— Eu fugi do meu marido, porque ele me bate e dessa última vez ele quase me matou.
— Nossa...
— Ontem eu acordei no hospital após ficar alguns dias em coma, perdi a memória, ontem quando ele tentou me estuprar eu me lembrei de tudo e então fugi. — Falo com o choro entalado na garganta.
— Desculpe perguntar mas, você apanhava dele e nunca procurou ajuda? — Ele pergunta e eu n**o com a cabeça enquanto as lágrimas caem.
— Eu perdi a minha mãe tem pouco tempo e a minha irmã, não fala comigo, ela me culpa pela morte da minha mãe.
— Entendi, e agora o que você irá fazer da sua vida?
— Sinceramente? Eu não sei, não tenho para onde ir e não tenho dinheiro para pegar um onibus.
— Com licença, aqui está as suas roupas Mariana. — Dolores entra com as minhas roupas secas e passadas na mão.
— Muito obrigada, irei me trocar agora mesmo. — Respondo e me levanto.
— A propósito, abri a minha vida para você e não sei o seu nome.
— Heitor, Heitor Moretti.
Ouvir esse nome me deu um arrepio pelo corpo todo, eu sei quem ele é, sei também de quem ele é inimigo. Thomas sempre falou ao telefone sobre as coisas que fazia para os Castilhos. Talvez aqui eu estivesse protegida de verdade ou não.
Volto para o quarto, coloco a minha roupa e dobro direitinho a roupa que eu estava vestindo, o choro estava entalado na minha garganta. Paro em frente ao espelho e fico me olhando, apenas um shorts, uma blusa e descalça. Para onde irei agora?
Bom, não posso ficar me lamentando, preciso levantar a minha cabeça e seguir em frente. Pego as roupas dele na mão, desço e vou em direção a cozinha.
— Com licença Dolores.
— Oi Mariana.
— Aqui está as roupas que usei na noite passada, muito obrigada.
— Mariana, o senhor Heitor teve que sair mas, ele pediu para que você ficasse aqui e esperasse ele.
— Sério?
— Sim, assim que você subiu para o quarto ele me chamou e falou.
— Isso vai me ajudar muito, eu não tinha para onde ir mesmo.
— Olha menina Mariana, eu tenho uma sobrinha que perdeu algumas roupas e eu trouxe para doar para a filha do jardineiro se por acaso você não se importar de usar.
— Claro que eu aceito, não tenho nenhuma roupa para vestir e muito menos um par de chinelo para calçar, vou aceitar com muito prazer.
— Irei deixar lá no seu quarto, fique a vontade.
— Dolores tem algo que posso fazer para te ajudar?
— No momento está tudo sob controle, vá dar um volta pelo jardim, conhecer a piscina, em breve o Senhor Heitor chega. — Ela diz e eu confirmo com a cabeça.
Realmente aquela casa era muito grande, a piscina era enorme, tinha churrasqueira, o jardim com diversas flores muito bem cuidadas.
O Heitor era milionário e a sua casa fazia jus a isso. E por ele ser o mafioso mas perigoso da Itália, até que o ar aqui era mas leve e tranquilo, respiro fundo aquele ar que trouxe um pouco de paz para a turbulência que eu estou vivendo.
A parte de dentro daquela mansão era ainda mas fascinante, parece que ela mostrava o lado frio de Heitor e ao mesmo tempo aconchegante. As paredes cor de gelo, as artes penduradas nas paredes, o lustre que tinha o caimento vertical. É tudo lindo demais.
Subo de volta para o quarto e vejo que a sacola de roupas já estava em cima da cama, tiro de dentro e até que são roupas bonitas. A Dolores deixou dois pares de sapatos junto, já que nem chinelo eu tenho.
Pego um vestido longo, vermelho, com duas pequenas aberturas na lateral. Calço uma sandália que veio junto e tento ajeitar os meus cabelos que estavam sem vida.
— Até que não ficou nada m*l. — Falo para mim mesma em frente ao espelho.
Saio novamente daquele quarto e desço as escadas, próximo a sala de jantar vejo que tem uma porta fechada. Olho para os lados e vejo que não tem ninguém, abro a porta e vejo que é o escritório. Lá tem algumas fotos que eu acredito ser de família, alguns livros, documentos por cima da mesa, um móvel cheio de bebidas e ver essas bebidas me causam uma tristeza sem fim, porque no passado quando me casei com o Thomas, nós éramos tão felizes juntos e a culpa de tudo ter desandado foi por causa da bebida.
Caminho até as fotos, me abaixo e começo a olhar, tem duas crianças e uma moça muito bonita junto com eles.
— Alguém te deu permissão para entrar aqui? — Heitor entra no escritório.
— Des, des, desculpe Senhor Heitor. — Gaguejo.
— Vejo que aceitou o meu pedido e ficou aqui.
— Sim mas, ainda não entendi o porque pediu para que eu ficasse.
Ele deu a volta na mesa, jogou um envelope em cima da mesa e sentou.
— Leia. — Ele ordenou.
O que será que tem nesse envelope? Porque será que o Heitor pediu para Mariana ficar?
Vocês já me seguem no i********:?
Ainda não? Poxa, então corre lá e me sigam
Aut.GabiReis , acesse o link na bio e entrem no nosso grupo de leitoras para receber fotos dos personagens e spoilers quentinhos.
Adicionem o meu livro na biblioteca clicando no ❤