Acaso, coincidência ou destino?

1050 Palavras
Saio do aeroporto com o peso da viagem, após algumas Horas.  Nas costas e a ansiedade de finalmente chegar em casa. Com o celular na mão, chamo um carro de aplicativo para facilitar o trajeto. Caminho para saída e enquanto espero, percebo uma movimentação suspeita ao meu redor, pelo reflexo e chego a escutar vozes, mas alteradas, mas Antes que eu consiga reagir, sinto um puxão brusco e, num instante, meu celular e pertences são arrancados.  O choque inicial dá lugar à frustração e impotência, observando os ladrões desaparecerem na agitação do aeroporto. Com a perda inesperada, o retorno para casa se transforma numa jornada marcada pela sensação de vulnerabilidade. … — Meu deus! E agora? Reclamei com as Mãos na cabeça observando os três indivíduos correr com a minha bolsa em mãos. Um dos seguranças se aproximou mas já era tarde, o que deveria ser uma chegada carregada apenas pelas minha dores se tornou uma ida a delegacia. Após fazer o boletim de ocorrência, voltei pra casa com a ajuda do segurança que se pôs a ser testemunha do crime, e logo ele me levou pra casa. … — Muito obrigado moço! Eu nem sei como agradecer! — Por nada! Espero que consiga de volta os seus pertences. …  Abrir um sorriso grato e ele logo partiu no seu carro.  Na bolsa carregava poucas coisas como batons, absorventes, coisas de mulher.. de útil só havia minha chave e meu celular, esses eu sentiria falta. Subi para o meu apartamento e bati na porta. Esperei alguns minutos até que o latido conhecido de Toddy ao sentir meu cheiro começou a surgir diante da porta . … (AU AU AU) "som de latidos" Abrir um sorriso empolgado ouvido o som das suass unhas arranhar a porta. — Cadê o pretinho da mamãe!! Cadê!! — Brinquei com a voz mas fina e melosa Os latidos se tornaram mais altos e animados, estava com tanta saudade..  Toddy alegrava meus dias, ele era um cachorro de pelos marrons, por isso o apelido de toddy em referência ao achocolado, seus olhos eram claros cor de mel, seus pelos lisos caiam sobre seu corpo e ele era tão miúdo rsrs.. … — Mentira!! não acredito que ela voltou! Ouvir o som da voz de Sofia incrédula e a porta logo abriu. — ahh!! — gritou Sofia. Toddy pulou várias vezes em minhas pernas latindo alto enquanto me inclinei pra baixo o pegando em meus braços. (AU AU Au)  — Estou aqui.. Estava com tanta saudades também —rir sincera recebendo seus lambidos. Sofia me deu passagem e adentrei a casa, ela logo fechou a porta. — Eu achei que passaria mais tempo lá! Suspirei o pondo no chão. — Vai brincar vai! — disse ao cachorro. Ele correu pela sala subindo ao sofá, acariciei seus pelos enquanto desabafei: — Não faria diferença está lá ou não.. Ela me olhou com empatia. — Eles parecem ter morrido com ela, nunca ligaram pra mim e não seria agora que faria diferença na vida deles . — Não fala assim amiga. — Me confortou.  abrir um sorriso fraco. — isso não importa! O que importa é que estou de volta.. E agora! Os olhei com carinho. — Quero voltar a minha rotina normal, ao meu trabalho. Ela sorriu amigável. — Aí me dá um abraço! Recebi seu abraço maluco com balançar de corpo. rir diante do seu aperto, esse sim era meu lar, onde era amada e que sentiam falta de mim. Após nosso momento terno contei pra ela do assalto, havia perdido tudo e ela me ajudou a compartilhar com amigos que já não tinha mais aquele número e se recebessem mensagens em redes sociais não era eu. Por algumas horas ficamos dedicadas a alertar os meus colegas de trabalho e amigos.  E acabei esquecendo do rapaz tão amigável do vôo. " ALGUM TEMPO DEPOIS..." … Estava em viagem, era uma campanha do hospital, me voluntariei pra atender algumas consultas e auxiliar nas vacinas. Sofia era enfermeira e também se candidatou. Toddy ficou em uma creche pra pet é isso me tranquilizava. Não tive grandes avanços com meus pais, na verdade minha mãe andava mais amigável, me questionava quando voltaria é que sentia minha falta, ela até se desculpou pela fala magoada. Meu pai por outro lado andava cada vez mas atolado no trabalho, soube que nem em casa dormia mais, trabalhava dia e noite, algo não me cheirava bem, mas nunca fui de me meter em seus negócios. … Estava de saída pra horário de almoço. Caminhei até a Sofia que vacinava uma criança, a fila enorme. — Sofi estou indo almoçar. — Avisei — Tá bom amiga, trás algo pra mim, acho que não termino aqui tão cedo. — Pode deixar! — disse Removi o jaleco e fui saindo das tendas armadas para nossas funções, no estacionamento acabei me colidindo com alguém de porte alto. … — Ah! Desculpa! já fui me desculpando pelo descuido e ouvir o mesmo: — Opa! Desculpa. Me afastei agora podendo ver a surpreso que o destino tinha me pregado. … — Ah! Rsrs j**k! (Disse sorrindo) — É.. desculpe a gente se conhece? … Meu sorriso sumiu rapidamente, que vergonha! — Do voo a 7 meses atrás.. que tola, achei que lembraria. Ele sorriu rápido. … — estou brincando com você — Sorriu largo — Não me esqueceria daquele dia! Abri um sorriso envergonhado. — Como vai? Te mandei mensagem mas nunca tive um retorno. — Exclamou direto. — Me desculpe, é que uma semana depois fui assaltada, levaram meu celular, perdi tudo é bom — Pausei por um momento — Dias antes participava do enterro da minha irmã então, não tive muito tempo pra verificar o celular. — Eu entendo, perdi também alguém especial naquele dia. … lhe olhei intrigada. — Eu sinto muito, não imaginei.. — Disse — Eu também não sabia, soube a alguns meses depois. Suspirei sem assunto. — Bom, estava indo almoçar, não quer me fazer companhia? Ficou me devendo um café.. Abrir um sorriso largo acenando que sim, pondo os cabelos atrás da orelha. — Irei adorar! Ele inclinou seu rosto ao lado indicando que passa-se a frente. Mas uma vez o destino o colocava em meus caminhos, ou seria o contrário?
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