capitulo 2

1366 Words
Ouço a campainha tocar e sorrio, nos últimos dois dias meu cordeirinho veio até a porta do meu "apartamento" e ficava olhando onde eu moro. Com certeza não é aqui, esse apartamento me foi emprestado para que eu pudesse continuar com meu plano sem que ninguém me descobrisse. É um apartamento caro, o meu papel de menina tímida ficaria melhor no papel de menina tímida e pobre, mas com o tempo aprendi que os homens acham que com um boque de flores e uma bugiganga poderia me fazer abrir as pernas para eles. Esse apartamento é um sinal, ele não que pense em vir com flores achando que vai ganhar na loteria. Quero que ele veja esse apartamento e pense que eu posso ter o que eu quero, então ele que se desdobre para me dar algo que eu nunca pensei em querer. Caminho até a porta lentamente, não me surpreende que ele não tenha sido anunciado. O porteiro desse prédio é bem certinho, foi difícil e conseguir subornar ele para que ele aceitasse ser subornado por esse homem. - Quem é? – pergunto com uma voz doce atras da porta. - Rubi, sou eu, Raj. – Ele diz e eu escondo meu sorriso por uma expressão de surpresa e rapidamente abro uma fresta da porta olhando para fora e o encontrando vestindo roupas casuais. - O-oi. – Digo sabendo já da minha vermelhidão e vendo ele sorrir. – O que faz aqui? – pergunto quase em um sussurro. - Vim te devolver isso. – Ele diz e estende minha clutch. Olho para ele confusa e depois envergonhada. - Acho que esqueci no seu quarto. – Falo. – Me desculpe. Ainda não estendo a mão para pegar a bolsa, pois se eu abrir a porta toda agora ele vai ver o que eu estou vestindo. - Não, se preocupe, pelo menos eu pude vê-la novamente. - Ele diz e sorri, depois olha para minha clutch ainda em sua mão. – Você não quer? - é que eu não posso pegar... – fala baixo e envergonhada. - Por que não? Não é sua? - ele me questiona curioso. Então eu olho para os lados como se estivesse envergonhada em dizer. - É que eu... eu... não estou vestida corretamente. - Digo, pois ainda escondo meu corpo atras da porta. - Vestida? – ele diz confuso e segundos depois seus olhos brilham. – Me desculpa, esta tarde e você já devia estar se preparando para dormir. Não está tarde, são 20h e estou vestida assim esperando desde as 17h o meu cordeirinho. - Não se desculpe, está tudo bem, eu só não esperava visita. - Digo. - Tudo bem, então vou deixar sua bolsa aqui perto da porta e vou embora. – Ele fala, coloca a clutch na fresta da porta e se vir para sair. Levemente eu cerro os olhos. Só isso? Acabei de dar a entender que estou praticamente pelada e ele vai embora? Mas antes que eu possa dar uma desculpa i****a para ele entrar, ele se vira e caminha até a minha porta rapidamente. - Eu não queria dizer, mas será que eu poderia usar o banheiro? Eu preciso muito. – Ele diz e ainda bem que não foi eu a vir com uma desculpa tosca e sim ele. - Oh meu deus, sim. - Finjo acreditar em sua mentira e abro a porta rapidamente para que ele entre. A primeiro momento ele não olha para minha camisola curtíssima ele apenas entra como um raio, mas enquanto eu fecho a porta sinto seu olhar em mim. Quando vou fechar, vejo minha clutch no chão atrapalhando então com plena consciência de que ele me olha, me curvo para a pegar e empino bem a minha b***a. Me levanto e me viro inocentemente para ele que me olha em chamas. - Vou te levar no banheiro de cima para ter mais privacidade. - Digo e vou em direção a escada. Vou na frente e ele vê um pouco afastado de mim, sei que admirando minha b***a. Caminho pelo corredor das suítes e abro a porta do meu quarto. - Pode usar o banheiro daqui. – Digo abrindo a porta e entrando junto com ele. – Eu vou ao closet, fique à vontade. - Falo e rapidamente entro no closet envergonhada. Sei que ele entra no banheiro pois escuto a porta se fechando, olho para as minhas roupas e escolho um vestidinho florido de pano leve, mas que marca bem os meus s***s. Ele é bem justinho no b***o e solto na cintura para baixa, não é um vestido de sair e nem um para ficar em casa e sim um meio termo. Assim que me troco saio do quarto e vou esperar ele lá embaixo. Ainda estou descalça e com o cabelo solto, me deixando um ar mais caseira. Vou para a sala de jantar e coloco os pequeno refratários de comida em cima da mesa, dá para ver que eu não tinha intenção de receber visita por causa da quantidade de comida, mas é o suficiente para duas pessoas. Não leva muito tempo para que ele dessa com um sorriso no rosto e posso ver que ele aprontou algo. Quando ele me vê pondo a mesa, sei que repara na minha troca de roupa, mas não parece decepcionado. - Muito obrigado por me deixar entrar. – Ele diz e agradece me dando um beijo na testa. Na hora ele repara na mesa posta e olha para mim. – Eu atrapalhei sua refeição, me desculpe. - Tudo bem. - Eu o digo e o vejo olhar para a mesa. fiz uma pequena travessa de lasanha, um arroz branco e ravioli. Todo mundo gosta de lasanha e minha intenção era tentar ele. - Eu ia jantar, quer ficar? – pergunto muito baixo, mas ele está perto e sei que ouviu. - Eu posso? – ele pergunta colocando as mãos em cada um dos meus braços e apertando levemente. Concordo com a cabeça e não demora muito para estarmos comendo a mesa. Vejo ele sorrir ao comer e fazemos isso em silencio, eu por supostamente estar envergonhada e ele por estar aproveitando a comida. Vou seduzir ele de todas as formas, inclusive pela barriga, não vou deixar nenhuma ponta solta para que outra ache uma brecha e o pegue para ela. - Ayla. – Ele diz do nada interrompendo o silencio gostoso que estava. Eu olho para ele e percebendo que tem minha atenção ele continua. – Que tal um encontro comigo no sábado? Ai esta, olho para ele e pisco um pouco os olhos. Eu queria abrir um sorriso, mas me contento com a confusão. - Quer sair comigo? – pergunto - Sim Ayla. – Ele diz sério sem usar o apelido que me deu. Fico um tempo em silencio olhando para ele enquanto espera minha resposta. - Me desculpe, eu não sei o que dizer. – Falo. - Ninguém nunca te chamou para sair? – ele pergunta desacreditado. - Sim, mas... sempre foram com intenções bem duvidosas então eu nunca aceitei. - Digo enquanto ele me olha, então coloco uma mecha de cabelo atras da orelha e volto a dizer tímida. – Mas nenhum deles era como você. Vejo seus olhos brilharem e então ele puxa sua cadeira para perto da minha e segura em minha mão. - Prometo que vou ser bem respeitoso com você Ayla, sábado iremos jantar e farei questão de que você goste de tudo. – Ele fala e me permito dar um sorriso meigo. – Bom, melhor eu ir. Nos levantamos e eu o acompanho até a porta eu a abro e quando ele sai me olha sorrindo. - Será que eu posso me despedir? – ele pergunta se aproximando. - Se despedir? – digo e quando vejo sua mão já está em minha nuca me puxando para si. Ele cola seus lábios nos meus em um beijo carinhoso e depois de algum tempo nos separamos. - Sua boca é doce minha rubi. – Ele fala passando os dedos por meus lábios. – Boa noite Ayla. Com isso ele se vai até o elevador e só então me permito sorrir verdadeiramente.
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