1 ANO DEPOIS
Gaby Narrando
Estou aqui no meu horário de almoço, pensando que a exatamente 1 ano minha vida se transformou em um pesadelo, desde que minha mãe morreu, meu pai se afundou na bebida e começou a usar dro.gas, já cansei de ir buscar ele no morro e pagar as dívidas dele. Tivemos que sair do Leblon e ir para um bairro mais humilde eu trabalho em uma lanchonete, conseguir passar na universidade federal mais juro que vou me arrastando, a Jéssica foi morar fora do país, nos falamos quase sempre. Esse 1 ano que passou eu levei várias surras do meu pai, quando ele chegava surtado de dro.ga, já fui parar no hospital, já quase morri e eu não entendo porque meu pai faz isso comigo. Meu horário de almoço acaba eu volto a trabalhar, o horário do expediente acaba e eu estou chegando em casa quando escuto meu pai implorando pela vida.
Gaby - O que está acontecendo aqui?
Todos me olham, tinha 5 homens em pé apontando cada um uma ar.ma para o meu pai. Tinha um que estava na frente do meu pai de costas pra mim ele virou e me olhou eu lembrei na hora dele, foi ele que eu vi no banco que o outro homem, chamou ele de Malvadão. Eu já entro em pânico e com certeza o medo está estampado no meu rosto.
Malvadão - Vou falar só mais uma vez ou tu me paga o que deve ou vai morrer agora. Eu nem venho na pista e se eu vim eu não vou voltar sem resolver não.
Julio - Eu não tenho dinheiro, eu vou dar um jeito, me dá um tempo por favor.
Ele da uma coronhada na cabeça dele já demonstrando que está perdendo a paciência.
Gaby - Pai o senhor gastou tudo que tínhamos guardado e agora está pegando dro.ga fiado? O senhor não tem vergonha?
O tal Malvadão olha pra mim de cima a baixo.
Gaby - Moço por favor me dá um tempo eu pago, eu trabalho ganho pouco, mais não mata meu pai, eu só tenho ele.
Malvadão - Kkkkkk
Ele chega perto de mim e puxa meu cabelo.
Malvadão - Filha da pu.ta teu pai sabe como funciona foi atrás de dro.ga fiado porque quis. Quero meus vinte mil agora, se não já se prepara para fazer o enterro do coroa.
Ele solta meu cabelo e eu coloco a mão porque está doendo. E fico em desespero em saber o valor da dívida m*l temos para comer.
Julio - Não tenho esse dinheiro.
Malvadão - Minha paciência, já foi para o espaço, já vi que estou perdendo tempo.
Ele destrava a pistola, ele vai matar o meu pai na minha frente? Apesar de tudo que venho vivendo eu não quero Isso. Eu entro na frente e imploro pela vida do meu pai.
Gaby - Por favor não faz isso! Eu imploro!
Eu preciso tentar ajudar ele é meu pai e não quero que nada aconteça com ele. Só que, o que eu escuto um como se fosse uma facada no meu coração.
Julio - Leva ela como pagamento.
Ele fala apontando pra mim, É o que? Ele só pode estar louco. Aliás droga.do
Gaby - Pai?
Eu começo a chorar. E o Malvadão me olha com deboche.
Malvadão - Sobe lá e pega tuas coisas, não demora se não vai ficar sem levar nada.
Gaby - Eu não vou para lugar nenhum com você! Eu não sou nenhuma mercadoria.
Ele vem com tudo pra cima de mim, puxa meu cabelo e me joga no chão me dando vários chutes.
Malvadão - Escuta aqui sua filha da pu.ta, você não vale nem metade do que o arrombado do seu pai me deve, quem manda nessa po.rra sou eu e só por causa do teu desaforo, vai sem nada só com a roupa do corpo.
Ele sai me arrastando e eu olho para o meu pai, que desvia o olhar e abaixa a cabeça. Quando vejo estou sendo jogada dentro do carro, que sai cantando pneu. Malvadão bate com força na minha cabeça, minhas vistas escurecem e eu apago de vez.