Elías Navarro As rodas da cadeira rangiam baixo no corredor do hospital particular que eu havia mandado construir anos atrás, longe da cidade, em uma encosta protegida por seguranças armados e silêncio comprado a preço de sangue. Poucos sabiam que eu vinha aqui. Menos ainda sabiam que minha presença ali não era por escolha, mas por necessidade. Estar limitado ao metal e às rodas era a tortura mais c***l que a vida já havia me imposto. E hoje... eu estava farto. . . . . . . . . . --- Dr. Salazar me esperava no consultório principal. Rosto calmo, jaleco impecável, mas os olhos nervosos. Ele sabia quem eu era. Sabia o que significava me frustrar. — Bom dia, senhor Navarro. — Não vamos perder tempo com cortesias — rosnei. — Quero saber quanto tempo falta. Ele engoliu em seco. — Trou

