Narrado por Elias O silêncio da casa de campo agora parecia uma zombaria. Ainda havia taças sobre a mesa do salão, os guardanapos de linho dobrados com perfeição, como se o mundo não tivesse desabado poucas horas atrás. Como se Aurora ainda estivesse ali. Mas não estava. E eu sentia isso como uma lâmina atravessando o centro do peito. O telefone tocou às 6h32 da manhã. Era Matteo, meu homem mais antigo e mais leal. — Elias… a gente tem um problema. Minha nuca arrepiou. — Fala. — A van da equipe médica… não era nossa. Já checamos os registros. O nome da empresa é falso. Os documentos do motorista e dos dois assistentes também. — Quem autorizou a entrada? — Foram cadastrados semanas antes. Passaram por todas as verificações. Usaram credenciais legítimas, mas forjadas. Cerrei os pu

