Finalmente, o amor da minha vida.

Capítulo 02

Alika narrando:

No mesmo momento em que escutei o nome Erik ecoar pela sala, senti um frio percorrer pela minha espinha dorsal, fiquei arrepiada e entrei em transe... Depois de 10 anos sem falar com ele porque a dona Margarete proibiu que mantivéssemos contacto ele aparece assim, lindo, charmoso e extremamente sério, não era o Erik que eu conheço...

Olhei directamente para ele e então nossos olhares se encontraram, ele simplesmente fingiu que não me viu e sentou-se a mesa... Será que não me reconheceu?! Ou ele se esqueceu de mim?!... Ficaram comendo e conversando como se não existiamos... Era o que sempre faziam, eu mantinha sempre a cabeça baixa tentando controlar a vontade que tinha de pular nos braços do Erik e abraça-lo e m***r as saudades que sentia dele, mas infelizmente sou a filha dos empregados e sei muito bem qual é o meu lugar...

Antes mesmo do jantar terminar a senhora Margarete fez um sinal para que eu fosse ter com ela a mesa e cochichou ao meu ouvido...

- o meu filho voltou, ele é seu patrão e não seu amigo, você é uma doméstica, filha dos empregados, espero que não esqueça o seu papel e seu lugar nesta casa... Estamos entendidas?!__ perguntou baixo, e eu apenas assenti...

O jantar terminou, retiramos a mesa e fomos para cozinha, tirei meu avental e pedi pra que as meninas terminassem de arrumar e saí correndo para minha casa, ao entrar encontrei meus pais abraçados no sofá com um olhar intenso que parecia me dizer chore, você precisa chorar, chore, nós te entendemos... E de imediato desabei em lágrimas... Chorei o quanto pude porque me doía o fato de não poder se quer abraçar o meu super herói, senti falta dele durante todo esse tempo...

Não sei quando e nem como cheguei em meu quarto mas eu estava ali, dormindo e tive o pesadelo que não tinha a anos... As imagens de Erik indo embora da mansão...

Preciso relaxar... Pensei comigo mesma, levantei da cama e vi que já estava vestida com o meu pijama favorito, peguei uma coberta e saí do quarto sem fazer barulho rumo ao meu canto, eu tenho paz... Só eu costumo vir aqui, ninguém usa por ser distante da mansão...

Subi o baloiço, ajeitei as almofadas, me deitei e cobri-me... Fiquei ali lembrando dos bons momentos que tive quando criança, só eu e Erik usávamos aquele baloiço, agora só eu uso... Um vento de leve soprava e fazia o baloiço se movimentar... Fechei os olhos por instinto para sentir a brisa da madrugada, mas de repente um perfume foi invadindo meu olfacto até às entranhas... Um perfume bom, doce e forte que eu acho que nunca me enjoaria dele...

- o que faz uma mocinha sair de madrugada do seu quarto para um lugar tão distante como este?!__ escutei uma voz grossa e rouca me perguntar... No mesmo momento lenvatei assustada e encanrrei o meu super herói...

- o mesmo que senhor veio fazer aqui__ retruquei

- então você também costuma deixar os corpos das suas vítimas aqui?!__ perguntou num tom de deboche

- como assim?!__ perguntei espantada

- simples, esquartejei minha mãe e estou para enterra-la... Quer me ajudar?!__ perguntou sorrindo de lado

- você o quê?! Como??__ perguntei assustada e ele deu uma gargalhada mostrando seu dentes organizadinhos, branquinhos e lindos pra mim

- você sempre cai nessa__ falou rindo

- não teve graça__ respondi séria e me ajeitei no baloiço olhando para lua...

Ele veio até ao baloiço e sentou-se ao meu lado... Ficamos um tempo olhando pra lua e sentindo a brisa da madrugada...

- senti saudades de você__ ele confessou baixinho acariciando minha mão...

- também senti saudades de você__ falei com a voz embargada e com os olhos marejados

Ele me puxou para um abraço forte que quase me sufocou

- pega leve senão eu morro asfixiada__ falei tentando respirar

- desculpa...__ ele disse sem jeito

Nos olhamos por um tempo e suspirei pesado...

- porquê nunca tentou me ligar?!__ perguntei chorosa

Ele respirou fundo, acariciou meu cabelo e disse

- as coisas ficaram muito complicadas para mim durante esses anos, mas agora não é o momento para tocarmos nesse assunto, vamos só aproveitar nossas companhias e m***r as saudades__ disse sereno

- está bem, pelo menos diminuiu a brutalidade...__ falei sorrindo

- você também, já demonstra gostar de mim pirralha...__ disse cheio de si

- alguma vez me escutou dizer que gostava de você?! Se enxerga... Só senti falta do seu barulho__ falei brincando

- feriu meus sentimentos__ ele disse fingindo dor no peito

- ahhhh, brincandeira... Eu gosto muitoooo de você...__ falei olhando nos olhos dele

- eu também gosto muito de você cabeçona__ falou sorrindo e bagunçando meu cabelo

- ogro porco...__ falei rindo

Nos abraçamos e ficamos ali apreciando a lua e relembrando das coisas que já aprontamos... Não sei em que momento dormimos, mas estavamos abraçados...

- meus tesouros acordem...__ meu padrinho falou nos acordando

- bom dia pai...__ Erik disse se levantando e se espreguiçando

- bom dia padrinho__ eu disse coçando os olhos

- é boa tarde... Erik corra pra dentro senão sua mãe vai chamar as forças armadas pra procurarem por você...__ ele disse rindo

- como assim pai?! Nós perdemos a noção do tempo... A reunião!!!__ gritou aflito

- ela está uma fera com você...'__ meu padrinho disse

- então eu vou indo... Cabeção nos vemos depois tá bem?!__ Erik falou deixando um beijo em minha testa e saiu correndo e eu fiquei rindo feito boba

- deu pra m***r a saudade?!__ meu padrinho me perguntou tirando- me do transe

- um pouquinho só... Mas como o senhor soube que estávamos aqui?!__ perguntei curiosa

- vocês sempre vinham aqui quando levavam bronca... Então deduzi que estivessem aqui...__ disse sorrindo e eu assenti

- agora vamos lá porque seus pais também estão preocupados...__ ele falou me acompanhando para minha casa

- uma vida com eles e ainda não sabem onde me escondo??! __ perguntei inconformada

- você é muito difícil quando está brava querida__ ele disse simpático

- ainda bem que não conhecem meu segundo lugar favorito...__ falei entre dentes

- espera aí!! Tem outro?!__ perguntou intrigado e eu apenas me limitei em rir