PEDRO
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Depois de conseguir acessos bem interessante pela agenda dela, e o nosso café da manhã juntos. Ficou mais fácil descobrir seus gostos, suas manias, Hember é uma mulher bem previsível, não vai ser muito difícil me aproximar dela. E conhecer toda a sua família. Fazer esse elo que eles tem ser quebrado para que finalmente o Garcia vá para a cadeia.
Começo com o clichê de sempre, trocas mensagens, mostra interesse, ela é atípica meninas romântica que muito provavelmente está tendo um caso com o chefe, não vai ser difícil ganhar seu coração. Depois eu finalmente caio fora disso e vou viver a minha vida.
No início ela se mostrou um pouco relutante em aceitar sair comigo, mesmo que ela dizia sim, sempre tem um probleminha aparentemente. Mas eu não desisti, preciso me aproximar, fazer ela se apaixonar, depois me envolver com uma das prima e cair fora deixando seu coração em pedaços como deixaram o da minha mãe.
As conversas se tomam cada dia mais interessantes para minha total surpresa também, ela não é uma pessoa tão fútil quanto eu achei que seria. Descobrimos nossos gosto em comum pela arte cinematográfica. Ela me indicou alguns filmes, eu alguns para ela. E isso nos gerou ainda mais conversas agradáveis.
Quando estava prestes a conseguir nossa jantar, recebi uma ligação do hospital, meu pai se acidentou e está hospitalizado. Marquei o voo para o dia seguinte a ligação.
Assim que cheguei no Texas vou direto para o hospital. Confesso que durante a viagem senti saudades dela. Mesmo que ainda não tínhamos saído junto, senti vontade de ver ela. E me peguei pensando nela alguma vez. Mandei algumas mensagens, mas depois ficou tudo tão corrido.
Meu pai se remexe na cama do hospital.
Meu pai é um homem de idade, já tem seus 87 anos. Desde que se aposentou vive na fazenda que era da família da minha avó, ela foi criada lá, e quando se casou meu avô levou ela para o Brasil, morar na cidade nunca foi um grande sonho para ela, depois que ela ficou doente meu avô resolveu levar ela de volta para a fazenda, mas ela infelizmente veio a falecer, e meu avô resolver deixar os negócios nas mãos do assessores e se aposentar. Vive lá desde então, infelizmente lamentando a sua partida.
- Pai – ele abre os olhos. Me levanto da poltrona onde eu estava.
- Você veio. – ele da um pequeno sorriso.
- Claro pai. O que arrumou em?
- Uma besteira, estava descendo as escadas e me senti um pouco tonto. – ele da de ombros.
- Por que a tontura? – olho para ele com as sobrancelhas franzidas.
- Nada demais. Um m@l estar da idade.
- Por que eu acho que está mentindo para mi pai.
- Eu disse para não te chamarem. Já estou bem, amanhã mesmo devo ter alta e ir para casa. Já contratei uma equipe ótima de enfermeiros para me ajudar em casa, fora os empregados da fazenda eu estou bem.
- Pai, você está a duas semanas no hospital e não deixou ninguém me avisar, a minha mãe sabe disso?
- Ela estive aqui na semana passada. Mas teve esse evento em Milão. – ele diz como se fosse natural.
Meu pai sempre foi um homem muito independente, nunca foi de nós dar trabalho nem mesmo durante a sua doença.
De fato quando chegamos na fazenda já tinha toda uma estrutura esperando por ele.
Quem não gostou de saber que eu estava aqui foi minha mãe, na mesma noite que chagamos em casa ela chegou.
- O que faz aqui? – ela esta furiosa.
- Oi mãe.
- Não pode abandonar o Brasil assim Pedro. É um tiro no próprio pé. – ela grita.
- Por que não me conto sobre o meu pai?
- Seu avô está bem. Não precisava de você, muito menos de mim. – ela reclama.
- Meu pai! E eu tinha o direito de saber. Se acontece algo pior?
- Pedro ele tem a melhor infraestrutura que alguém poderia ter. Você aqui não é valiosos como é no Brasil. Seu avô está bem! Compreende que isso pode estragar os planos?
- Ele é o meu pai, eu deveria saber, é o pai que eu conheci e amo, será que você não tem empatia por ele?
- A culpa de você só ter conhecido esse pai não é minha! E sim dos Garcia. Você não tem um pai por causa deles, tenho certeza que se o André soubesse da sua existência ele teria ficado com a gente e seríamos uma família feliz. Alexander Garcia não deu essa chance para ele.
- Será mãe? Por que eu te confesso que existe alguma pontos que não estão batendo nessa história. Se o meu pai te amasse tanto assim, por que ele sequestrou a Isabelle? – ela faz uma cara de espanto.
- Não acredito nisso, meu filho, meu próprio filho? Eu sofri anos e anos, sofro até hoje por que ele não soube da sua existência e não desistiu de se vingar deles. Se o seu pai não me amasse por que ficamos juntos? Por que você foi gerado? Seu avô não aceitava o meu namoro, seu pai veio de família mais humilde, foi fraco e caiu na lábia da maluca que queria fazer m*l para eles, mas ele era um homem bom que teria ficado feliz se soubesse de você. Eu sei que ele errou mas ele me amou e teria desistido disso para ficar comigo se soubesse da sua existência, mas Alexander Garcia matou ele, sem direito a um julgamento descente.. – ela chora de soluçar. – Por que está fazendo isso comigo Pedro, me magoando desta forma, eu que só soube te amar, gerar você, sempre fiz de tudo para que tivesse a melhor vida que uma pessoa poderia ter. E agora isso você está se virando contra a sua mãe? A mulher que te deu a vida, quase morri dando a luz a você.
- Mãe.. – vou na sua direção.
- Não, eu não acredito, não faz ideia do quanto eu sofri sem o amor da minha vida e com um filho pequeno para criar. Meu coração é partido em pedaços por causa da ausência dele. Nunca mais consegui encontrar um novo amor. Como pode falar assim comigo. Sabendo que eu sofro e sofri a vida toda, por conta do meu amor, seu pai que eles mataram.
- Desculpe mãe
- Você precisa voltar Pedro, voltar e terminar isso, para eu finalmente ser feliz. – nunca suportei ver a minha mãe triste e chorando, saber que ela teve que enfrentar uma gravidez sozinha, sem o grande amor da sua vida, corta meu coração. Preciso fazer isso por ela.
- Claro mãe.