capítulo 8

704 Words
Confissões Silenciosas e o Segredo Revelado ​Alicia retornou ao hotel e, ao entrar, deu de cara com Natália, que a abordou com uma expressão de preocupação incomum. ​"Fiquei preocupada quando soube que você tinha ido ao médico. Aconteceu alguma coisa?", Natália perguntou, segurando-a suavemente pelo braço. ​Alicia hesitou por um segundo, mas decidiu ser honesta, pelo menos em parte. "Não é exame de rotina, Natália. Mas eu tenho que tomar um medicamento a cada seis meses. Esse medicamento não pode faltar, pois eu tenho uma deficiência no meu organismo que precisa dele. Amanhã à noite eu irei tomar a infusão. Fora isso, está tudo certo." ​Natália a olhou, e o medo que Alicia notou em seus olhos era mais profundo do que a situação pedia. ​"Por que você não falou antes que tinha um problema de saúde? Poderia ajudar em alguma coisa," Natália insistiu, como se quisesse consertar algo que ela não entendia. ​"Não se preocupa, Natália, está tudo certo. Eu já me acostumei com isso, a cada seis meses ir tomar o remédio," Alicia assegurou, tentando encerrar o assunto. "Eu vou para a cozinha agora, preciso me preparar para o jantar." ​O Alerta de Alan ​Natália ficou ali, o coração apertado. Ela discou o número de Alan, sabendo que ele saberia os detalhes. ​"Alô, aconteceu alguma coisa, mãe?", Alan atendeu, com o tom de voz sério de quem está de plantão. ​"O que a senhorita Romanoff tem?", Natália perguntou, direta. ​Alan suspirou do outro lado da linha. Ele tinha se preparado para isso. "Mãe, eu não posso estar falando da vida dos meus pacientes, mas ela toma um medicamento a cada seis meses para se manter bem. É só isso que posso falar. Se você quiser saber mais alguma coisa, pergunte a ela, pois eu não vou falar o que ela não me autorizar a falar. Se caso ela me falar: 'Você está autorizada a falar para minha mãe', eu vou e falo. Mas sem essa autorização, não vou falar nada. Estamos entendido, não é, mãe?" ​Alan desligou, deixando Natália com sua frustração e preocupação. ​Alan (O Médico e o Apaixonado) ​Alan estava em sua sala, olhando para o nada. Sua mãe queria saber da vida pessoal de sua paciente. Ele era médico antes de ser filho e não podia quebrar a ética. Ele não podia revelar o histórico dela. ​Mas o mistério de Alicia Romanoff continuava a rondá-lo. ​Essa mulher é muito linda... ​Ele tentava tirá-la da mente, mas não conseguia. Nesses seis meses, mesmo tendo saído com outras mulheres, quem ficava em seus pensamentos à noite era ela, com aquele cabelo dela. Ela era a Chef de sua mãe, a paciente que ele tratava, e a mulher que o tirava do sério. ​Alex (O Delegado e o Bobo Apaixonado) ​Na delegacia, Alex estava sentado, com os cotovelos apoiados na mesa, olhando para o nada. Assunção, seu subordinado, entrou. ​"Dou 50 prata para saber o que o senhor está pensando, Chefe," Assunção provocou, tentando quebrar o silêncio pesado. ​Alex reagiu, irritado. "O que eu penso ou deixo de pensar não é da tua conta. Você sabe muito bem disso. E quando eu quero que você saiba o que eu estou pensando, ou qualquer um aqui da delegacia, eu ponho para fora. Você sabe que eu grito para todo mundo saber!" ​"Calma, Chefe," Assunção disse, levantando as mãos em rendição. "Foi só brincadeira. É que o senhor estava com a cara de bobo apaixonado, sabe?" ​"Bobo apaixonado é uma pinóia!" Alex grunhiu. "Você pode parar de gracinha para o meu lado." ​Assunção saiu da sala, as mãos para cima. ​Alex ficou pensando. O subordinado estava certo. Ele estava apaixonado por Alicia, sem nem tê-la beijado. O pior era que sua mãe havia proibido a aproximação, e ele sabia que Alan também estava interessado. Eles conversavam sobre isso. ​Alan também está apaixonado por ela. ​Isso martelava em sua cabeça. Ele não sabia o que fazer com a proibição da mãe e o sentimento crescente por uma mulher que era o objeto de desejo de seu próprio irmão.
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