Capítulo 4

655 Words
Voltamos para casa, antes paramos no supermercado e compramos sorvetes. — Fiquem aqui. disse Natasha — Está bem. disse Lilian Quando voltei, estavam jogando papéis uns nos outros. — Não poso deixar vocês sozinhos? perguntou Natasha — Com certeza, não. disse Liam — O que trouxe? perguntou Lilian — Sorvete. respondo — Como conseguiu roubar? perguntou Liam De imediato puxo o freio de mão do carro. — Ficou maluca? perguntou Liam — Como assim, “roubou” ? pergunto — Foi apenas uma brincadeira. respondeu Liam — Muito sem graça por sinal. disse Natasha — Desculpe. disse Liam Tomamos sorvete como jantar, foi divertido. Lilian propôs um jogo. Concordamos e jogamos. — Então, escolho você, Andrew. disse Lilian — Sim? perguntou Andrew — Qual é o seu maior medo? perguntou Lilian — Meu medo, não sei, que tal. Ficar invisível para a sociedade, não ser notado. disse Andrew — E o seu Natasha ? perguntou Liam — Não tenho medo. respondo — Minto, só um. Ficar sozinha, de modo que ninguém perceba meu sofrimento. Mas não se engane, Natasha não tinha nada do tipo. “Frágil e que adora batom sabor cereja”. Nada disso. Encara os perigos de cabeça erguida, tomando cuidado para não tropeçar. — Chega desse jogo. disse Natasha — Tudo bem. disse Lilian Recebo uma ligação, era a mamãe. — Alô? Mãe? Tudo bem? pergunto — Sim filha, preciso de um favor. disse a mãe — Claro o que é? pergunto — Preciso que você vá ao banco. disse a mãe — Sem problema. respondo — E entregue nesse endereço. Rua Oeste nº 150. disse a mãe — Está bem. disse Natasha Saímos e fomos até o endereço indicado um pouco afastado da cidade. — É aqui? perguntou Andrew — Sim. respondo Era uma casa grande, roxa e assustadora. Parecia abandonada há anos. — Vamos entrar. disse Natasha — Espera, vocês nunca assistiram filmes de terror ou suspense. Assim que começa, um grupo de pessoas vão até a casa abandonada e depois desparecem. disse Liam — Estou com medo Natasha. disse Lilian — Não precisa é apenas uma paranoia de Liam. disse Natasha — Fico melhor ouvindo isso. disse Lilian — Não se preocupe. disse Andrew — Eu não vou. disse Liam — Então fique aqui sozinho. disse Natasha — Quer saber eu vou. disse Liam Entramos na casa e nos separamos. — Vem comigo, Liam. disse Natasha — Vou com o Andrew. disse Lilian Subimos as escadas e demos de cara com um quadro sem rosto. Ou seja, foram retirados. — Que bizarro. disse Liam — Nem me fale. disse Natasha — O que exatamente estamos procurando? perguntou Andrew — Não sei exatamente. disse Lilian — Você é diferente. disse Liam — Diferente? Por quê? perguntou Natasha — Não é tão marrenta, quanto pensava. disse Liam Dou um soco no nariz dele, não suporto as piadas. — Não, isso foi um elogio. disse Liam — Vamos deixar o dinheiro aqui e ir embora. disse Natasha — Magnífica ideia. disse Liam — Ela é espetacular. disse Andrew — Gosta mesmo dela? perguntou Lilian confusa e com o olhar surpreso — Sim, a cada dia me apaixono, pelo seu jeito, o modo de vestir, a sua calça rasgada, a sua camisa preta no formato de caveira, o seu cabelo alaranjado, preso no r**o de cavalo. Enfim de tudo. respondeu Andrew — Rápido, vamos. disse Natasha — Claro. disse Liam — O que aconteceu com você? perguntou Lilian — Te explico depois. disse Liam Ouvimos ao longe sirenes de polícia se aproximando. — Não temos muito tempo. disse Natasha — Uma armadilha? perguntou Lilian — Provavelmente. respondeu Natasha Seguro nas mãos de Lilian e a puxo para entrarmos no carro, damos partida e saímos pela estrada de terra até a cidade. — Estranho, por que a mamãe faria isso com a gente? perguntou Lilian — Talvez aquela ligação não fosse a mamãe.  
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