Elisângela Narrando O dia simplesmente não passava. Cada minuto parecia se arrastar como se estivesse preso em um lamaçal. Meu corpo doía, minhas costas gritavam por descanso e minha cabeça estava a mil, girando em torno de tudo que estava acontecendo. O barulho das fritadeiras, dos pratos batendo, dos clientes reclamando, dos pedidos saindo errados… tudo era um ruído constante que só fazia aumentar meu cansaço. Liliane ainda tentava me animar com suas piadinhas, e o Jadson, como sempre, era prestativo, tentando me ajudar sempre que podia. Mas nem isso melhorava meu humor. A cada vez que o Alexandre aparecia perto do balcão, eu já sentia o estômago revirar. Aquele olhar controlador, aquele jeito mandão... Eu queria meter o pé dali e nunca mais voltar. E, como tudo que é r**m parece que

