Elisângela Narrando
Teve uma hora que eu parei e pensei comigo mesma: “Papel branco, Elisângela… papel branco, papel branco…” Esse era o meu mantra da noite, a única coisa que podia me manter em pé, equilibrando um caos com o outro. Passei quase o baile inteiro tentando evitar que o Nicolas e o Natan ficassem perto um do outro. Tava nítido que se rolasse um esbarrão mais atravessado, ia dar r**m. O Natan chegou do nada e meteu um beijo na minha boca no meio do camarote. E eu? Travei. Achei que o Nicolas ia voar no pescoço dele ali mesmo, mas, pra minha surpresa, ele só ficou olhando. O temperamento dos dois não podia ser mais diferente: o que o Nicolas tem de explosão, o Natan tem de silêncio. E isso, vou ser sincera... mexeu comigo. Mas pode ser o álcool, né? Porque o Natan me virou algu
