Daniel Narrando Só percebi que a filha da putä da Elaine não tava em casa quando gritei e ela não respondeu. Fui no ódio. Levantei com a alma quente, me arrastei pela pørra da casa ainda cheio de dor e sem entender nada. Foi aí que o interfone tocou. Atendi no seco. Do outro lado, a voz do Severino, o porteiro, falando com aquele jeitinho dele: “Sua namorada tá caída aqui na calçada, parece que tá ferida.” Na hora, achei que ele tava tirando onda. “Tá doidão, Severino?” — perguntei. Mas ele retrucou firme: “Desce aqui, senhor Daniel. Vê com seus próprios olhos.” Foi aí que o sangue subiu. A imagem da Elisângela passou na minha mente. O peito apertou, a respiração travou e eu esqueci até das costelas fodidas. Abri a porta e desci igual um doido. Nem lembrei que tinha elevador. Desci de t

