Natan Narrando No fim de semana, quando o Nicolas jogou no ar que ia rolar baile na Penha hoje, falei pra ele que talvez eu nem colasse. Não dá pra ficar fechando o bar toda hora só porque quero curtir um som, tá ligado? Mas aí vem ele com aquele papo dele, mó sentimentalismo barato, que só funciona porque ele sabe exatamente onde bate no peito do cria que saiu da favela, mas que a favela nunca saiu de dentro. Veio com aquele papo de consideração, de que já larguei tudo, deixei ele sozinho no corre, como se eu tivesse virado as costas. E ainda mete essa de que eu não colo mais nem pra curtir um baile com o irmão. O Nicolas tem dessas parada, e vou ser real: nem é drama. É que nós sempre fomos firmeza um com o outro. Sempre. Quando decidi meter o pé do morro, largar tudo, deixar o bastã

