LC Narrando
Mano… vou te falar. Eu saí dali travado. A pørra da mina tá no morro. No meu morro. Dentro do complexo. Como, viadø? Como é que eu vou respeitar os “limites” dela sabendo que ela tá aqui, do lado, com aquele cheiro ainda grudado em mim?
Bati no tanque com força.
— Caralhø, Nicolas… tu vai se føder bonito nessa fita aí — falei alto, igual um maluco, montando na moto.
Ela falando que não me conhece… mas conhece, pørra. Conhece meu paü como ninguém. Minha língua foi no fundo da alma dela. Eu vi o olhar, eu vi o corpo dela tremendo, eu senti quando ela perdeu o ar e quando se perdeu de vez.
Mas agora tá aí… fingindo que foi só uma parada aleatória. Que não mexeu. Que não quebrou nada por dentro.
Meti o dedo no start, e a moto já veio no grau. Desci o beco cortando o vento, o
