Natan Narrando Tava na imobiliária de um parceiro meu, fechando os últimos trâmites da venda da casa da Elly, quando meu celular vibrou duas vezes na sequência — mensagem do Chinelo e do Nicolas. O Chinelo já tinha me dado a visão que hoje ia ficar na contenção das mina, e eu tinha mandado a real: “qualquer parada, só dá o papo que eu tô na pista”. Nem demorou, ele soltou seco: “ele tá aqui.” Mano… larguei tudo que eu tava fazendo, nem assinei o bagulho, já saí no pique, sangue fervendo, acelerando igual doido na força do ódio. Encostei o carro na moral, mas já na intenção… quando vi, o Chinelo tava vindo ali, tirando a camisa devagar, limpando o rosto respingado de sangue, com aquela cara de satisfação misturada com desprezo. — Tem outra no porta-mala, pega lá se quiser meter o pé.

