Capítulo 7

1341 Words
Na manhã seguinte senti um perfume maravilhoso, estava me sentindo tão bem que acabei agarrando mais travesseiro. Aquele aroma era simplesmente magnifico, meu subconsciente reluta para acordar mais estava sendo impossível, já que meu corpo se senti exausto e pelo que tudo indica a ressaca estava apenas começando. Suspirei sentindo um pouco mais daquela essência, abri os olhos preguiçosa e apenas nesse momento lembrei que era Nicolas ao meu lado e não meu travesseiro. Assustei ao notar estarmos abraçados, virados um de frente para o outro, muito próximos. — Aí meu Deus. — Gritei e pulei da cama, Nicolas acordou assustado. — O que foi? — Ele pergunta surpreso. — Desculpe, acabei te abraçando enquanto estava dormindo, pensei ser meu travesseiro. — Todo esse escândalo por isso? — Foi m@l, eu não queria me aproveitar de você, por mais que esse fosse meu desejo. — Ele me olhou divertido, balancei a cabeça e respirei fundo. — Quer dizer, eu não queria… Ah você entendeu! — Desisto de corrigir o que não tem como ser corrigido. — Está tudo bem, Laura, sem problemas, não se preocupe. — Ele fala, calmo. — Está mesmo? Desculpe, por favor, minha sobrinha às vezes dorme comigo e eu acabo abraçando ela. — Não tem problema algum. — Ele afirma, vai até a poltrona, pega sua blusa de frio e caminha até a porta. — Obrigada pelo espaço na cama. — Não foi nada, caso precise de novo estamos aí. — Não sei porque disse isso, faço careta. — Esquece, pula essa parte, por nada. — Ele sorri. Antes dele ir embora, Nicolas sorri negando com a cabeça, deve estar pensando que sou uma l0uca. — Essa camisola te deixa ainda mais linda, foi complicado dormir com você assim ao meu lado. — Ele sorri, enquanto eu olhei para ele surpresa. Ela abriu a porta e em seguida desapareceu me deixando ali boquiaberta. Passo a mão na cabeça e me jogo na cama, encarei o teto e sorri sozinha, essa noite foi estranha e eu nem me lembro em que momento nos abraçamos daquela maneira. Que vergonha! — Que caralh0 de dor de cabeça, parece que o mundo está girando. — Samantha abre a porta e entra estando com uma bolsa de gelo na cabeça. — O que é isso muié. — Sorri olhando sua cara de ressaca. — Nossa, acho que exagerei ontem, hoje é dia de não sair da cama. — Ela se deita ao meu lado. — Cadê o Nicolas. — Acabou de sair, que homem lindo. — E aí, rolou algo entre vocês dois? Não esconda nada. — Ela pergunta, animada. — Ficou louca? — Pergunto, rindo. — Por que louca? Ele é gato e você também. — Ela sorri. — Ele é estranho, acho que não gostou de mim, não sei. — Não é que ele seja estranho, ele só é um pouquinho anti social, mas é gente boa. — É, parece ser. Mas agora vai falando, por que trouxe ele para cá, não tinha outro lugar para ele dormir? — Pensei que ele pudesse estar a fim de você. — Foi você Samantha! — Falo, impressionada, ao levantar. — Dormiu com ele usando essa camisola linda e não aconteceu nada. — Ela sorri, maliciosa, e eu volto a sentar ao seu lado. — Você furou os pneus do carro. — Claro, queria que vocês dois tivessem um tempo a sós. — Ela fala, tranquila. — Samantha, por você fez isso, sua l0uca. — Amiga, você foi muito lenta, porque não se jogou para ele, o Nicolas estava na sua. — Não estava, não temos nada a ver, desta vez você errou feio. — Merd@! Uma pena, pensei que ia rolar. — Errou sua cust0sa. — Coitado, ele dormiu mesmo ali. — Ela encara a poltrona. — Não, ele dormiu aqui na cama, a poltrona estava muito pequena para ele, estava desconfortável, então eu disse para dormir aqui. — Ela sorri ao me dar um tapa no braço. — Sua saf@dinha, essa é minha amiga, pode dizer, tirou uma casquinha dele. — Não, é claro que não. — Fiquei em silêncio por alguns segundos. — Quer dizer, não que eu me lembre, quando acordei estava abraçada com ele. — Eu sabia. — Ela bate palmas. — Mas foi só isso, nada mais. Tenho mania de dormir abraçada com a Lelê e você sabe. — Vocês podiam se conhecer melhor, ele é muito gente boa, só é muito na dele. — Percebi, ele é observador, prefere prestar atenção a falar. — Sim, mas ele é uma boa companhia quando quer, o difícil é ele querer ser agradável. — Ela sorri. — Ele disse que não acredita no amor. — Conversaram sobre isso? — Ela pergunta incrédula. — Não lembro como foi surgiu o assunto, mas perguntei e ele disse que isso é para os fracos. — Nicolas é mulherengo, porém nunca vi ele namorando ninguém sério, os pais dele cobram muito que ele se case, mas ele parece não estar muito afim. — Mas ele ainda é jovem, por que os pais querem que ele se case? — Pergunto, curiosa. — Ele é filho único, e os pais insistem que ele encontre uma pessoa e se case, Nicolas disse que eles falam que sentem medo de morrer e Nicolas ficar sozinho, sem família. Mas o problema é que Nicolas não quer encontrar essa pessoa, ele não quer se envolver com ninguém seriamente, corre de relacionamento, quase não é visto com mulheres, até pensaram que ele fosse gay. — Pensam mesmo isso? — Falo, incrédula. — Algumas pessoas, sim, já que ele nunca é visto com mulheres, mas quem o conhece sabe que ele é muito safadinh0, só é reservado. — Por que será que ele não quer relacionamento? — Continuo, curiosa. — Não sei, ele é reservado, mesmo que eu e ele sejamos amigos, ele não gosta de conversar sobre esse assunto. Acredito que seja por ele já se sinta muito invadido por conta da mídia sempre estar em cima dele. — Coitad0! — Pois é, esse é o preço a ser pago por nascer em berço de ouro, desde muito pequeno sua vida é exposta e Nicolas detest@. — Imagino. Não deve ser legal ser cobrado assim, por mais que os motivos dos pais sejam dignos, ter sua vida exposta desde criança não é bom, credo isso não é mesmo legal. — É um saco mesmo. — Quando se é criança deve ser divertido, mas conforme vamos crescendo nossas obrigações vão aumentando e com isso as cobranças também. — Exatamente isso. — Ela afirma. — Boa sorte para ele, se ele continuar com Ana, pode ter uma esposa bem rápido. — Sorri. — Ele está correndo da Ana como o diab0 corre da cruz, eu realmente pensei que ia dar certo, mas não rolou. — Percebi, já que ele preferiu dormir com uma estranha a dormir com ela. — Você também não é uma estranha, se conheceram na festa. — Eu sei, mas ele tinha escolha, poderia ter dormido com ela. — Isso é, mas acredito que a Ana tenha assustado ele. Na primeira vez que eles ficaram ela não queria deixar ele embora, depois ficou ligando para ele sem parar. Aonde ele ia, ela dava um jeito de aparecer, e fora as trezentas mensagens que ela mandava por dia. — Misericórdia. — Pois é, e isso tudo após ficar com ele apenas três vezes, imagina se eles namoram. Ele não quer saber mais, só que ela ainda tenta a sorte. — Ixi, espero que ela não fique sabendo que ele dormiu aqui comigo, se não ela vai querer me m@tar. — E eu mat- ela. — Te amo, minha lindinha. — Eu também, minha amora. — Ela me abraça carinhosamente. – Agora vamos tomar café, estou faminta, aquele barman me cansou essa noite. — Sua saf@dinha, então vamos porque ninguém me cansou, mas eu também estou faminta. — Sorri enquanto seguimos para a sala de refeições
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