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2155 Words
Quinta, 9 de setembro, 2021 - Bom dia querida. - comecei a chorar. - Ei princesa não chora por favor. - Achava que tinha sonhado tudo aquilo de ontem, mas eu estou aqui no seu quarto então quer dizer, quer dizer então que tudo aquilo realmente aconteceu. Não acredito que perdi minha virgindade para aquele i****a. - Eu sinto muito Katy. Ninguém vai saber disso, eu prometo pra você. Vamos descer te preparei um café. - Ele segurou minha mão e fomos para cozinha. - Isso tudo? - Ele sorriu e puxou a cadeira para mim. - Isso não é um café, é o café. - Que bom que gostou. Fique a vontade. - Você vai para a escola hoje? - Pensei em ficar com você e te dar o melhor dia da sua vida. Para que você possa tirar a ideia de que aqui é um lugar r**m de morar. Prometo só deixar você livre depois de ter a certeza de que você aceitou que aqui é um lugar legal apesar dos pesares. Então enche e a barriga garota. Nós fomos à praia, corremos e o Peter me molhou lá. Tomamos soverte. Fomos a algumas lojas e ele me ensinou a roubar por pura "brincadeira" e pela adrenalina, roubei um cd de rock. Fomos a uma loja de roupas usadas e vestimos uma quantidade absurda de roupas, se pareceu com aquelas cenas de filmes estupidas. Levamos algumas roupas. Fomos lanchar em uma lanchonete de panquecas e dizendo por ele a melhor da cidade. Fomos a uma locadora de filmes e pegamos 5 filmes de gêneros diferentes, um deles era pornô. A moça do caixa olhou pra mim pelo canto do olho e ficou jogando charme pro Peter, eu banquei a namorada ciumenta e fomos para casa. Ele me disse que ainda não tínhamos acabado e mandou eu ir trocar de roupa. Vesti roupas que não tinham nada haver, uma calça amarela com uma blusa rosa e um salto laranja. Quando ele me viu ficamos um rindo do outro. Ele estava usando uma calça social e uma camiseta verde e com suspensório. Fomos a uma casa noturna onde o tema da festa era desigual. Ele me disse que havia um rapaz olhando para mim e perguntou se eu queria que ele me deixasse, disse que não. Dançamos muito, quando chegamos em casa falei para ele que ainda não estava satisfeita e fomos assistir algum dos filmes. - Então, qual você quer assistir? - Pega o que está no meio. - Tem certeza que quer acabar a sua noite com esse filme? - Que filme é? - Ménage.  - Sim. Por que não?! - Beleza. - assistimos uns quinze minutos do filme. - Você gosta de pornô? - Não, é tudo muito falso em minha opinião. E você? - Não, mais já tentei assistir várias vezes. Mas sempre acabo ficando enjoada com tudo isso... Como foi a sua primeira vez? - A minha primeira vez foi em uma viagem que eu fiz com o Josh. A gente estava em uma festa e já estava na hora, escolhi uma garota e aí rolou. Na escola eu e Josh competíamos pra ver quem ficava com mais. E tudo se tornou um jogo. Criamos regras para que funcionasse, a garota que escolhemos devemos levá-la para cama e... Mesmo que ela não queira. Mas elas sempre querem, é sempre uma honra para qualquer garota estar com um de nós dois. Eu ia deixar ele fazer com você por causa do que você fez comigo. É um jogo, i****a da época de garotos. Mas me lembrei do que você fez por mim naquela outra noite. E me arrependo por não ter impedido dele subir com você, me arrependo de ter permitido que acontecesse, mas você parecia querer quando estava dançando com ele. Desculpa de verdade, isso tudo é minha culpa. Eu sinto muito. - Você começou a fazer isso com as garotas? Você já forçou alguma? - Ele abaixou a cabeça. - Não precisa responder. Boa noite Peter. - Ele segurou meu braço. - Katy, eu fiz isso uma única vez, teve uma garota como você, ela agia comigo como você era com o Josh, e isso provoca bastante, a garota na hora quis cair fora e eu não deixei, mas ela não era mais virgem então eu não tive nenhum senso que me impedisse de fazer o que eu fiz. Arrependo-me do que fiz, mas foi da época em que eu jogava e eu não podia perder, mas eu fui castigado por tudo isso, me apaixonei por aquela garota. Faz ideia de como isso é complicado, tipo, você não tem como se desculpar por causa dessa besteira que você fez, eu juro pra você que não podia ter sido castigado de uma maneira pior. - Você é tão i****a quanto ele, meu Deus! Aproveite o filme Peter. - Subi correndo para aquele quarto horrível e levei milhares de lençóis para a banheira, tranquei a porta e me deitei na banheira. Fiquei chorando durante o resto daquela noite até que peguei num sono. Quando acordei sai para buscar água e ao abrir a porta vi o Peter, ele  estava dormindo do lado da porta sentado. Voltei com o copo de água e ele não estava mais lá. Dormi o resto da noite. Acordei com um barulho vindo do meu quarto. Fui ver e era o Peter colocando de volta a porta que ele tinha derrubado no lugar.  Sexta, 10 setembro - Bom dia boneca. - Vai para o inferno. - Já estou nele. A mamãe chega hoje. Estava pensando em fazer uma festa de boas vindas, o que você acha? - Por mim tudo bem. Você vai comprar algo ou já roubou o cartão de novo e fez tudo sem me consultar? - É claro que já peguei, já fiz as compras e tudo. - Nossa! Que menino rápido. - Ele riu fraco. - Sabe que horas são? - Dez? - Ele continuou com um sorriso. Me virei para o relógio e já eram 14:40 - Meu Deus! Por que você não me acordou? - Não sabia se você queria conversar comigo. - Você já comeu? - Sim. Deixe um pouco pra você. Pronto terminei com a porta. - Obrigado. - Disponha. Você e o seu pai gostam de sushi? - Sim. Por que? - Na verdade eu odeio sushi, não sei porque respondi sim. - Vai ser a janta. A Anabel ama. Bem agora eu vou te deixar sozinha um pouco. - Obrigado. Tomei banho e fiquei deitada ouvindo música esperando que desse o horário de ir buscar papai e a Anabel. Não senti fome naquele dia então apenas fiquei deitada olhando o teto manchado do meu quarto até o momento de o Peter bater na porta. - Já está na hora. Vamos? - Me levantei, peguei minha bolsa e sai quando cheguei na sala vi todo o exagero do Peter, talvez ele realmente se importe e goste da Anabel. Ele tinha colocado um faixa escrito "Bem-vindos", havia preparado a mesa com conjuntos de talheres, pratos e taças, havia velas também. Parecia um pouco forçado demais para um encontro romântico em minha opinião. - Uau! Você se superou dessa vez. - Ele colocou as mãos em torno da minha cintura e eu congelei, pra falar a verdade não sabia nem ao certo o que sentia, era algo parecido com borboletas se agitando no meu estômago. - Vamos. - ele me carregou até a porta e eu entrei no carro. Fomos o percurso inteiro em silêncio apenas com o som da chuva. De repente começou a cair um temporal. - Será que é possível que cancelem o voo deles por causa da chuva? - Não sei. Deus queira que não.  - Katy, eu... Eu não me importaria que fosse cancelado, porque sinceramente. - O meu celular tocou e era o Christian, eu atendi, porque honestamente não quero saber nada que o Peter possa ter para me dizer. Quando chegamos no aeroporto eu ainda estava falando com o Christian e o Peter foi olhar a programação dos voos. Chegou com um sorriso i****a no rosto. - Você não vai acreditar, mas o voo deles foi cancelado, consegui falar com a mamãe e ela disse que vão ter que esperar a chuva passar e achar um voo que tenha vaga para eles. - O que? Está falando sério? - Aham. Vamos, estou morrendo de fome, a gente passa em algum drive thru. - Ele colocou de novo os braços em volta da minha cintura e saiu me puxando, eu senti a mesma sensação esquisita da vez passada. Voltamos para o carro e dessa vez eu percebi que ele se incomodava com o fato de eu estar no telefone a bastante tempo até o momento em que para a alegria dele o maldito celular descarregou e voltamos ao silêncio. Depois de passar no drive thru fomos para casa e ainda estava chovendo. - Que fome! Vai comer comigo? - Sim. - Ótimo. - Ele acendeu as velas e arrumou tudo. Colocou até uma música melancólica de fundo. Nós nos sentamos e começamos a comer. - Então, como eu estava dizendo antes no carro... Eu estou parcialmente feliz por terem cancelado o voo porque assim nós temos mais tempo... - Tempo para quê? - Para podermos resolver tudo. - Na minha opinião não tem nada para ser resolvido. Mas a final de contas o que é esse seu "tudo" que falta ser resolvido? - Como pode dizer que não tem nada para ser resolvido? Esse dias foram os dias mais conturbados da minha vida. Você não tem noção de nada né? Sei que está magoada por conta do que aconteceu mas eu também não estou muito feliz com o resultado que as coisas tiveram. Então temos muito a resolver. Começando pelo... Pelo Josh. - Ele levantou o rosto e olhou para mim com um olhar que esperava algum tipo de reação minha. - Eu conversei com ele e nós entramos em um acordo e ele não vai falar absolutamente nada para ninguém, então eu peço que você também não fale, pois caso mais alguém saiba eu quero ter apenas uma única pessoa para culpar de tudo e com quem resolver as contas. Ok? - Acha que eu falaria pra alguém? Faz ideia de como isso é constrangedor e perturbador? - Ok então, estamos combinados. Outro ponto que eu quero resolver com você é como iremos agir quando a mamãe e o Charles voltarem. - Normal isso já é óbvio. - Mesmo? Você consegue fingir que nada nesses dias foi algo que se pudesse tirar proveito? Katy, eu me diverti muito com você. Adorei aquele dia em que saímos e agimos como pessoas normais e queria que fossemos daquele jeito. - E o que eles vão dizer? Antes de eles irem você queria me matar e agora vamos sair para jogar boliche e ir à praia? - Não precisa exagerar. Meu cabelo fica r**m quando vou à praia. - Nós dois rimos por fração de segundos. - Ok, vou tentar ser legal com você por conta de você ter me ajudado naquele dia e agora a fazer milagrosamente o Josh não contar pra ninguém. - Obrigado. E eu acho que há mais um motivo para você adicionar nessa lista para ser legal comigo. - Ah é? E qual é? - Eu sei porque você beijou aquele seu amigo e porque se jogou para cima do Josh. - Como sabe que eu beijei o Christian? - Tento me fazer de desentendida. - Me poupe garota, eu sei que você me viu na porta e por isso se jogou em cima dele, do mesmo jeito você fez com o Josh, quando você dançava com ele estava olhando para mim. Você queria que fosse eu nas duas situações. - Você só fala merda. - Eu sei que você me quer e eu estou passando a querer isso também pelo fato de não conseguir esquecer aquele beijo ou os seus olhos. - Ele esticou o braço para que sua mão tocasse na minha. - Katy, eu estou pirando. Não consigo mais dormir. - O quê? Que papo de doido é esse agora pro meu lado? Lembra daquela noite em que você chegou bêbado em casa e eu fui quem tive que cuidar de você? Como acha que me senti depois daquele beijo e você chegou pra mim e disse que aquilo não foi nada? Você é um... - E de repente, não digo que foi sem motivo por causa da chuva mas teve falta de energia e ficamos apenas com as luzes das velas. Começamos a nos encarar no escuro. - Ok, desculpa então. Mas eu também fiquei assustado com tudo. Imagina só o que o seu pai faria comigo se soubesse que eu...  - Que você o que? - Se ele soubesse que eu estou apaixonado pela filha dele.
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