Hades Narrando Acordei com o barulho das vozes lá fora. Fui pra varanda ainda com o cigarro pendurado na boca, o sol batendo forte no muro da piscina. E foi aí que eu vi. A mexicana tava lá embaixo com a tia Mônica, toda sorridente, mexendo nas plantas que tinham mandado botar ali. Só que não era isso que me fez travar. Era o vapor do lado delas. O moleque tava com a pá na mão, rindo, falando qualquer mërda que fazia ela sorrir. Mano, aquele sorriso me pegou no nervo. Ela ria e o cabelo caía no rosto, o vento balançando o vestido dela, mostrando um pedacinho da coxa, e o filho da püta olhando. Meu sangue ferveu. Traguei o cigarro até quase queimar o filtro e joguei longe. Fiquei parado um tempo, observando, tentando não fazer Mërda, mas não dá. Não sei o que essa mulher faz comigo, pa

