Luiza Narrando Minha vida virou um verdadeiro inferno. Não tem outra palavra. Só faltam dois dias para acabar o prazo que o Bagdá me deu e eu continuo sem uma ideia que preste. Nada entra na minha cabeça. Nada parece possível. E, pra piorar, o Bagdá mäl aparece em casa. Não me atende na boca, não me chama pra conversar, não pergunta se eu consegui algo. Mas eu sei o silêncio dele é pior que cobrança. E como se já não bastasse, minha mãe ficou doente. A semana inteira indo e voltando da UPA. Febre, dor nas pernas, fraqueza. Minha tia não teve folga no trabalho e eu tô segurando tudo sozinha. Minha cabeça lateja, meu peito aperta, e eu fico imaginando o que vai acontecer comigo se eu não entregar nada. O Bagdá disse que não ia me pressionar, mas eu conheço o tipo de homem que ele é. Não v

