A noite do Jogo

3202 Words
PRIMEIRA PARTE: PREPARAÇÃO ________________________________ Presa em seu mundinho, envolta por uma redoma de vidro, Juliet era a insegurança em pessoa. Foi criada pela figura mais poderosa da cidade, seu tio, e recebia uma quantidade de p******o exagerada — se é que é possível quantificar — somada aos mimos que a riqueza poderia lhe oferecer. Por essa razão, talvez, o mundo lá fora parecesse aterrorizante. Agora, com seus novos, e únicos, amigos — os quais foram convidados a passarem a noite em sua casa, uma mansão, para ser exato —, Juliet sentia-se nervosa. Queria que a noite fosse perfeita; sua missão era agradá-los. O cronograma mental que ela havia traçado estava nos conformes, assim como o plano diabólico de alguém próximo. Quando todos já estavam satisfeitos com o banquete, Juliet chamou a galera ao seu quarto. Eram dez convidados. Amigos da faculdade, os quais ela sempre desejou ter. — Como já disse, sintam-se à v*****e. Como havia passado o dia ocupada com os planos para a noite, nem tinha se dado conta de que, na sua caixa de e-mails, havia um que iniciaria uma cadeia de acontecimentos que a levaria à morte! Juliet pegou o celular para verificar as notificações mais recentes. Foi aí que notou o bendito e-mail. Abriu e se deparou com um texto extenso. Intrigada, achou melhor ler em seu notebook. — Que cara é essa, Ju? — perguntou Liliane, com o leve sotaque do norte do país. Já com o notebook no colo, Juliet respondeu: — Alguém com o perfil "Interrogação" me mandou um e-mail. — Deixa a gente ver — disse Dênis, chegando mais perto. — Interrogação? Esse cara, ou seja lá quem for, é um i****a. Quem colocaria um nome desses num e-mail? — Verdade — falou Robson —, mas o que ele mandou? Também não sei. — O assunto é: “O Cúmplice e o Assassino”. Não faço ideia do que seja. — Pois então leia — sugeriu Carol. — Vamos ver. — Não clique em nenhum link. Pode ser vírus — precaveu Andrew. Mas não havia link. Eram regras para um jogo. Um jogo de estratégia que fez a respiração de todos ficar mais pesada.  Juliet ergueu as sobrancelhas como se uma força as puxasse para cima. O jogo é legal, mas por que mandaram isso pra mim? Mesmo com perguntas na cabeça eles apreciaram a originalidade e a trama da brincadeira. Quando a atenção voltada ao jogo perdeu a força, decidiram burlar o que era p******o na mansão: ingerir bebidas alcoólicas e... Não acredito que Leo e Maicon trouxeram esse troço... fumar. Haviam levado um narguilé. Juliet sempre foi contra qualquer tipo de fumo. Em sua concepção, o objeto esguio, cheio de curvas, ondulações e mangueiras e que lhe trazia a Índia à mente não era somente um cachimbo que utilizava água e tabaco aromatizado. Para ela, aquilo significava um meio de drogar-se. — As bebidas já devem estar no ponto — informou Dênis, com os olhos direcionados para o frigobar de Juliet, que estava entupido de garrafas de vodca, vinho, refrigerante de limão, latas de energético e o delicioso licor de menta, que Juliet havia adorado experimentar. Até o uísque barato entrou na dança, eles o colocaram para gelar também, pois pegar gelo na cozinha poderia denunciá-los. Juliet abriu o frigobar e entregou algumas garrafas aleatoriamente aos seus convidados. Quando pegou o licor de menta, não resistiu e se serviu de meio copo para tentar relaxar. Afinal, qual jovem de hoje em dia não bebe? Mas seu tio, Augusto Gentil, a esganaria se soubesse, por isso teria que ficar atenta aos movimentos de Abilene, a governanta, e principalmente nos de Alex, o motorista bisbilhoteiro. Carol e Lúcia logo perceberam a expressão da amiga, e perguntaram se tinha algum problema em beber ali. Mas é claro que tem problema, meu tio vai nos m***r! — É que o meu tio abomina bebidas e qualquer tipo de fumo. — E olhou para os dois rapazes que começavam a preparar o narguilé. — Me desculpem — ela desabafou. Antes que um clima mais chato pairasse, os rapazes sugeriram que não seria má ideia dar uma volta, sair da mansão um pouco. Reforçaram que não havia problema algum enfiar tudo de volta nas mochilas e ir curtir em algum lugar, o que poderia salvar a noite, que estava fadada ao tédio. Que graça havia em dormir numa casa daquelas sem quebrar as simples regras de não beber e não fumar?  Eles aguardavam Juliet resolver, afinal, ela foi quem criou o “climão". — Tudo bem — ela disse, sem saber para quem se dirigir. Onde é que estou com a cabeça? Aonde iriam? Juliet até topava se embrenhar no mundo fora da mansão — o que já seria uma aventura e tanto! —, mas tinha ressalvas. — Pessoal, eu topo, mas tem que ser num local fechado. Eu não quero que me vejam por aí, ainda mais me embebedando... Diante da exigência da anfitriã, decidiram que o melhor lugar para burlar tais leis-do-careta-tio-Augusto era a FHCE, Faculdade de Humanas da Cidade Esperança. Os motivos eram vários. Era um local próximo (uns três quarteirões dali), fechado, para o "bem" de Juliet, e que eles conheciam como a palma da mão. Além disso, sabiam o quanto o lugar era abandonado em termos de segurança; era o início do período de férias, ou seja, o prédio estaria completamente vazio. E olha que incrível: poderiam jogar “O Cúmplice e o Assassino”! Ótimo, isso nos manterá um pouco ocupados. Não quero me esgueirar numa escola deserta e passar a noite virando sei-lá-quantos-copos. O duro vai ser sair daqui "ilesa". Com certa timidez, Juliet pediu à dupla de skatistas, Maicon e Leo, que não levasse o narguilé. Apesar de chateados, guardaram. Não estavam a fim de discutir com a jovem milionária.  Nem ela própria saberia dizer o motivo de tanta implicância com aquele objeto. Talvez não usem somente tabaco aromatizado. Antes de se aventurarem, havia algumas pendências. — Espera, gente. — Juliet parecia uma barata tonta. — Como eu já contei pra vocês várias vezes, tenho um ritual a seguir com meu tio. — Deu um sorriso tão insosso quanto miojo sem tempero. — Eu sempre levo seus remédios e o chá-preto que ele tanto adora, já disse para trocar pelo de camomila, mas ele é teimoso, enfim... — Ela franziu os lábios e arqueou as sobrancelhas. Ninguém quer saber disso, cale a boca. Juliet passou a mão na testa, puxou os cabelos para trás e expirou com o objetivo de aliviar a tensão. — Ei, relaxa, garota — disse Robson, ao mesmo tempo em que passava um braço por detrás da cintura de Juliet e mostrava os dentes, que contrastavam com a cor de sua pele, num sorriso bem aberto. — Eu preciso ir ao banheiro. — Fique à v*****e — disse ela, e ele saiu. — Não quero que meu tio saiba que estamos fazendo isso — desabafou, franzindo os lábios.  — Escute o que Robson disse — sugeriu Andrew, o sujeito nerd da turma. — Não vamos fazer nada de tão errado assim. — "Tão" errado? — Ela foi obrigada a sorrir por causa da expressão. — Tenta relaxar, tá bom? E você quer ajuda? Quer que eu traga os remédios do seu tio? — Aham, pode ser. Obrigada. Estão numa bandeja lá no balcão perto da cozinha. — Beleza, pode deixar. * * * * * Enquanto Juliet tentava jogar conversa fora com as meninas, para desfocar a fuga que haviam planejado, Andrew descia com certa imponência as largas escadas. Ficar cercado de luxo e riqueza dava esse ar de importância. Chegou à cozinha e encontrou Robson conversando com um rapaz que ajeitava a bandeja sobre o balcão. — Oi, a Juliet pediu que eu viesse pegar os remédios do sr. Augusto... Prazer, eu sou o Andrew — disse, e estendeu a mão para o jovem desconhecido. — Prazer — respondeu a nova figura. — Meu nome é Alex, sou o motorista da família. — Juliet já falou de você... — E de vocês também. — E sorriu de um jeito simpático demais. — Robson, você não ia ao banheiro?  — Sim, mas na verdade eu nem sei direito onde é. Achei que fosse aqui, perto da cozinha... — Os banheiros dos hóspedes — começou o motorista — ficam lá em cima mesmo, perto dos quartos. — O plural tornava a fartura mais doce. — Valeu, Alex. — Robson agradeceu e subiu os degraus às pressas. — Por nada — disse o motorista, observando-o. — Bem, eu vou pegar. Com licença. — Intrometeu-se Andrew. — Toda — respondeu Alex. — Tenha uma boa noite. — Obrigado, e você também. — Andrew saiu, equilibrando a bandeja para que o chá não se derramasse. * * * * * Juliet recebeu a bandeja, que refletia tudo à sua volta, e foi para o quarto de seu tio. E, como todas as noites, Augusto tomou os comprimidos com a bebida já morna. O diálogo foi rápido naquela noite. — Como está se saindo com seus amigos? — Muito bem — disse ela, esforçando-se como se tivesse num teste de polígrafo para não soar mentirosa nas palavras. — Qual creme dental está usando, Juliet? Esqueci completamente do meu hálito. — É um enxaguante bucal novo. Sua mentirosa! O velho Augusto coçou o queixo, incrédulo. Fora reprovada no teste. — Boa noite, minha filha — disse, fazendo economia de palavras. — Boa noite, titio. Ela desceu para levar a bandeja e a xícara, um pouco mais aliviada, e depois voltou para o quarto. Chegou e percebeu que as bebidas já estavam nas mochilas. — Conhecemos o motorista que você tinha falado. Ele realmente é bem novo, né? — disse Andrew, ao vê-la de volta. — Sim, o Alex é só um pouquinho mais velho que a gente. — Suspirou. — E aí, estamos prontos? — Quis parecer segura. Antes de seguirem com o plano, consideraram que poriam o jogo em prática, portanto, releram as regras que estavam no e-mail: O CÚMPLICE E O ASSASSINO Número de jogadores:  A partir de 9. Desde que o número total de jogadores seja ímpar. Introdução: Há um Assassino à solta espalhando o terror na cidade. Os detetives são os próprios habitantes, que tentam desvendar o mistério antes que se tornem Vítimas. Ao final desta incrível busca ao criminoso, ficam quatro pessoas frente a frente, dentre elas, o Assassino, que se camuflou por todo o tempo. Todos são Suspeitos. A “Acusação Final” começa e, assim, descobre-se o Assassino... ou não. Personagens: Cúmplice, Assassino, Vítima, Acusado, Suspeito e Inocente. Regras: 1ª — CENÁRIO: é formado um círculo bem aberto, com a distância de um braço (no mínimo) de um participante para o outro. Não é aconselhável usar um local bem iluminado, pois a sombra pode ser uma pista que revela o Assassino. 2ª — O CÚMPLICE: por meio de votação, sorteio ou auto indicação, é escolhido o Cúmplice, que tem como objetivo indicar um Assassino. Como escolher o Assassino: o Cúmplice ordena que todos se sentem, abaixem as cabeças e fechem os olhos, sob o comando "cidade dorme", e com um leve toque na cabeça é denominado o Assassino. 3ª — O ASSASSINO: depois de escolhida com o leve toque na cabeça, a pessoa abre os olhos e tem como missão m***r sem ser descoberto. Como m***r: discretamente, o Assassino aponta para a sua Vítima (qualquer um dos participantes) e, logo após, volta à sua posição inicial (cabeça abaixada e olhos fechados). Então o Cúmplice ordena que todos “acordem”. 4ª — A VOTAÇÃO: após todos acordarem, o Cúmplice declara a Vítima, e ela por sua vez, dá um palpite de quem a “matou”. Cada um dos Suspeitos dá seu palpite, inclusive o Assassino (para despistar), levando em consideração que todos sãos Suspeitos. Dica: a Vítima e o Assassino têm que ser convincentes, levando os outros a votarem também na pessoa de sua preferência, podendo argumentar, ou tecer quaisquer comentários que possam influenciar na escolha dos demais. 5ª — ASSASSINO OU INOCENTE: o Suspeito que tiver mais votos revela-se, dizendo: “sou o Assassino” ou “sou Inocente”. Sendo p******o blefar. Caso o mais votado seja realmente o Assassino, o jogo acaba. Caso a pessoa seja Inocente, a brincadeira prossegue com o mesmo Assassino, e saem do jogo a Vítima e o Acusado. 6ª — ACUSAÇÃO FINAL: o ritual se repete, até que restem somente quatro Suspeitos. O Cúmplice anuncia a hora da “Acusação Final”, quando cada um expõe seus palpites. 7ª — OS VENCEDORES: após a “Acusação Final”, o Suspeito que receber mais votos revela-se: “Assassino” ou “Inocente”, caso seja Inocente, vencem o jogo: o Assassino e o Cúmplice. Caso seja o Assassino: vencem os três Suspeitos que restaram, ou seja, neste jogo, duas ou três pessoas podem sair vitoriosas. Sugestões: Obtendo um grande espaço e várias salas, a brincadeira pode se tornar ainda mais intrigante, pois cada participante poderá se posicionar em um ambiente reservado. Apetrechos como: roupas, armas de brinquedo, máscaras, e demais objetos compõem uma atmosfera mais sombria. O Cúmplice pode narrar a história desenvolvendo um enredo que deixe o clima mais arrebatador. Exemplos: “Nesta noite gélida, o Assassino da Foice fez mais uma Vítima”; “Enquanto a cidade dorme, o Assassino faz a sua caçada”; “Neste nascer do sol, viu-se um corpo estirado no beco”. Sigam as regras com fidelidade, e é p******o blefar quando se exige a verdade. Para o Cúmplice: boa escolha; para o Assassino: boa caçada; para as Vítimas: descansem em paz; aos Suspeitos: boa sorte; e para todos: bom divertimento! Façam a escolha certa, e preservem suas vidas! É hora de jogar! * * * * * Meia hora depois eles chegaram à faculdade. Entraram no melhor estilo "vândalo" pelo lado mais "abandonado" do prédio e pularam as catracas. O coração da jovem milionária batia feito uma bomba-relógio. O tintilar das garrafas nas mochilas a deixava mais nervosa. Fugir de casa e invadir a faculdade no meio da noite para beber? Isso definitivamente não estava nos meus planos... Porém, ela sorriu. Sua saída do ninho era radical. Antes de saírem da mansão, Juliet havia avisado os porteiros que estavam na guarita:  — Tio Augusto já foi dormir, mas ele sabe. — Quem questionaria algo que titio soubesse e aprovasse? — Caso Abilene pergunte por nós, digam que fomos dar uma voltinha, que está tudo bem e que já voltamos. Ok? Como imaginaram, não havia seguranças por onde entraram. Ali, a segurança era de longe o ponto fraco, somente as salas que continham computadores eram equipadas com alarmes. No andar de cima, todas as portas estavam abertas, pois nenhum objeto era valioso. As TVs e os aparelhos de projeção que davam sono nas aulas eram trancados em armários metálicos. No bloco mais deserto e afastado da entrada principal, subiram as escadas para o segundo andar, onde havia dez salas de aula, cinco em cada lado do corredor. Era tudo simétrico.  Alguns dos meninos foram até o quadro de distribuição de energia e ativaram o disjuntor das lâmpadas do corredor, de modo que apenas ele ficasse iluminado, e as salas de aula contando somente com a luz da lua que brilhava lá fora. Além de ser uma precaução para não chamar a atenção dos guardas noturnos que cuidavam do local, deixava a atmosfera da brincadeira mais excitante e arrebatadora. Largaram no chão as mochilas com as bebidas, e alguns, não todos, se serviram em copos plásticos. Juliet queria experimentar vodca com refrigerante de limão, parecia ser bom. Ao dar um gole, decidiu que o licor de menta era mais gostoso e, sem hesitar, despejou o líquido verde no copo até que chegasse à metade. Juliet não relaxou o tanto que gostaria, mas discutir sobre as adaptações do jogo desviou sua preocupação. — Vamos jogar valendo, né? Preciso de grana. — Boa, Robson, assim poderemos deixar esse jogo mais disputado — concordou Dênis. — Vai ser legal! — disse Robson. — Quem mais concorda em brincar valendo dinheiro? Juliet quis sair de sua passividade e decidiu opinar. — Apoiado — falou. — Opa, quanto? — Cinquenta? A maioria fez cara de reprovação. Juliet não entendeu direito o motivo, mas logo Maicon, o gordinho skatista, argumentou:  — Cinquentinha? Isso é o que eu tenho pra gastar na semana, não numa brincadeira.  Juliet corou. Alguns riram. O que era cinquenta reais para ela? A verdade é que não havia pensado que nem todo mundo anda com esse valor no bolso ao acaso.  — Vintão até que vai — continuou Maicon, apoiado por Leo, que meneava a cabeça. — Perdão. Vinte reais então — disse Juliet sem jeito. E sacou de seu bolso uma nota novinha. Robson sorriu. “Que bom”, pensou.  — Eu guardo o dinheiro — disse ele.  Iam colocando o dinheiro num montinho que crescia a cada mão que passava. Robson pegou as notas e, sem conferir, colocou-as no bolso de trás de sua bermuda jeans. — Pronto. Vamos começar? — Quem será o Cúmplice? — perguntou Juliet ao mesmo tempo em que abria a mochila e retirava uma máscara branca, toda lisa, e um sobretudo longo e amassado. Ela havia pegado de um baú de fantasias, antes de zarparem da mansão, enquanto discutiam como jogariam. — Depressa, pessoal! Alguns, com copos nas mãos, discutiam quem seria o Cúmplice, e Andrew foi nomeado para tal. A brincadeira ia começar. Ao que parecia, ele já analisava quem seria o Assassino. Teria que fazer uma boa escolha, pois só ganharia o jogo se o Assassino fosse bem escolhido. — Cidade dorme — anunciou ele. Era o comando para que todos entrassem em suas salas escolhidas e ficassem lá. Havia copos, ainda com bebidas, largados no chão, ao lado do montinho de mochilas que tinha se formado.  Todos estavam determinados a jogar e precisavam estar atentos, afinal, tinha dinheiro no meio, e a bebida não poderia lhes tirar a atenção.  * * * * * O Cúmplice observou por um minuto e decorou onde as pessoas estavam.  Andrew, do meio do corredor, foi para perto da escada de entrada, e à sua esquerda estavam posicionados, respectivamente: Robson, Liliane, Maicon, Carol e Lúcia. Ao lado direito estavam: Dênis, Juliet, Douglas, Leo e Elita no final do corredor, perto da escada de saída. Andrew escolheu Dênis para ser o Assassino. Aproximou-se da porta de Dênis, abriu com cuidado, e entrou. — Vá lá, e não dê mancada, ok? Vamos ganhar isso. Espero você aqui. — Beleza. Já volto — respondeu Dênis aos sussurros também. * * * * * Dênis saiu com a maior cautela, cuidando para fazer o mínimo de barulho possível. Pegou a capa, tremendo, e a vestiu. Depois colocou a máscara e rumou para sua Vítima. Era Juliet. O jogo havia começado de verdade e, naquele momento, o "alarme da morte" se tornaria ensurdecedor, caso existisse e Juliet pudesse ouvi-lo.
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