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1129 Words
  Anos antes…   Na pequena sala de uma casa estavam, mãe e filha. A mãe, com seus 26 anos, linda e encantadora, seus longos cabelos ruivos chamavam atenção quando passeavam na rua onde moravam. As mulheres têm inveja dela por ser linda, seus olhos méis não ficavam para trás e para completar, seu corpo tem belas curvas.   Porém, quem a via, não imaginava o que ela passava todos os dias em casa. Ela só tinha paz, quando ele não estava em casa. A filha, uma cópia perfeita da mãe. Não tinha nada do maldito pai. Sua mãe faria de tudo, para proteger sua pequena Nana de apenas 6 anos.    Ela era uma criança muito esperta, e amava muito sua mãe. Morria de medo do pai, e não gostava quando ele gritava com sua mamãe. Brincavam de boneca, mas quando a mãe viu a hora, se adiantou em se levantar.     — Não saia daqui, meu amor. Mamãe já volta. -Dá um beijo em sua testa e parte para a cozinha, onde começa a fazer o jantar. Distraída, não ouve a porta da sala bater. Só percebe que tem outra pessoa em casa, quando ouve o choro de sua filha. Corre em direção a sala e vê seu - infelizmente - marido, pisando nas bonecas da sua filha.     — Cadê a v***a da sua mãe, garota? -Levanta a menina bruscamente pelo braço.     — Estou aqui, solte ela! -Ele se vira para ela devagar, em seus olhos dá para ver que não está sóbrio. Ele empurra a pequena Sienna de encontro a sua mãe, e se aproxima da mulher. Anabella, logo coloca sua filha atrás de si     .— Onde está meu jantar? -. Pergunta próximo ao seu rosto. O cheio de bebida a faz prender a respiração. — RESPONDA, p***a!     — Está na mesa. -Fala após soltar a respiração lentamente.— Espero que esteja bom ou se não vou fazer umas coisinhas com você. -Sorri malicioso. O corpo da mulher treme levemente, mas não deixa transparecer. Ele segue para a cozinha e ela se abaixa próximo à filha.     — Bebê, vai para o quarto e fica lá, está bem? -A pequena concorda, sempre obediente à mãe. — Leva suas bonecas.   E assim ela faz, pega suas bonecas e vai para o corredor onde tem 3 portas, 2 são de quartos e 1 era do banheiro. Entra no quarto onde dormia com sua mãe e fecha a porta. Vai em direção a pequena quantidade de brinquedos que tem e fica ali brincando.   Passa-se um tempo, e logo escuta os gritos de sua mãe. Era sempre assim, ela já estava acostumada, porém, isso não a impedia de ficar com medo. Sua mamãe sempre voltava machucada e chorando, mas quando a via, sorria e dizia que tudo ficaria bem. E hoje não diferiu, ela já esperava em pé, sua mãe entrar no quarto. O bom era que quando ela entrava, ficava só com ela, não saía mais.   Logo a porta se abre, mas não era sua mãe como de costume, era seu pai e ele estava muito furioso. Suas mãos fechadas em punhos estavam com sangue, ela recuou com medo dele. Ela olhava para a porta, tentando ver se sua mãe aparecia. Ela nunca deixou ele encostar nela.     — Você! -Sua voz estava meio alterada. — Nunca toquei em você, mas hoje isso muda. -Ele sorri maliciosamente.   Ela tenta passar por ele correndo, mas o mesmo a puxa pelo cabelo e ela grita pela dor. Seus olhos, mel se enchem de lágrimas. E então, o primeiro tapa vem bem no seu rostinho, seu choro aumenta. E ele continua batendo nela, fazendo questão de bater em todos os lugares. Por um segundo ele para, ela cai sentada no chão sem forças.     — DEIXA ELA EM PAZ, BATA EM MIM, MAS DEIXE-A. - Ouviu no fundo, sua mãe gritar. Abriu seus olhos meio inchados, só para ver o momento em que seu pai bate a cabeça da sua mãe fortemente na quina da cômoda e a cai mesma no chão, morta, mas ela não sabia disso. Com força, fecha seus olhos e deseja que tudo isso passe logo.   Quando ela acorda, percebe não estar mais no quarto da sua casa, e sim em um todo branco. Seu pai estava sentado em uma cadeira que tinha no quarto, ele olhava para a porta, mas como se sentisse o olhar da pequena, virou a cabeça para ela.     — Que bom que acordou agora, vou te falar umas coisas, e é para você concordar, está ouvindo? -Perguntou chegando próximo à cama dela, que apenas concordou com medo. — Se perguntarem o que aconteceu com você, diga que foi um amante da sua mãe e se perguntarem onde ela está, diga que ele a matou, entendeu bem? -Ela apenas acenou, mesmo não entendendo. — Ótimo!     — Olá! Vejo que acordou, como se sente? -Uma enfermeira entra no quarto sorridente. Sienna olha para o seu pai atrás dela e ele a olha sério.     — Estou bem. -Sua voz saí baixa e rouca.     — Pode me contar o que aconteceu, seu pai disse que chegou do trabalho e encontrou você assim em casa. -Ela olhou para seu pai de novo, depois olhou para a enfermeira.     — Foi um moço que ia lá ficar com minha mamãe, quando o papai não estava. -Ela diz triste por lembrar da mãe, se perguntou se ela estava bem, afinal, seu pai disse para ela mentir.     — E como era esse moço? -A enfermeira a olhou com cautelosa.     — Eu não sei, minha mamãe não deixava eu ver ele, só o vi duas vezes. -Seu pai ficou orgulhoso, ela estava se saindo bem. Porém, ela não gostava de mentir.     — E onde estava sua mãe quando ele te bateu? -Ela estranhou que a mãe não fez nada para impedir, e também para confirmar o que o pai disse a ela, quando chegou ao hospital com ela.     — Ele matou ela. -Falou mais baixo.     — Oh, querida! Sinto muito. -A olha com pena. — Bom, você já pode ir para casa, seus machucados não foram tão graves. Aqui está a alta dela, e a receita de remédios para dores. Boa recuperação.   Entregou para o pai dela, e saiu do quarto. Ele chegou perto da cama sorrindo.     — Foi muito bem, garota. Agora vamos, não tenho o dia todo. -Foi em direção a porta. Ela se sentou na cama devagar, seu corpo doía.     — Para aonde vamos? -Desce da cama, e põe seus sapatos que estavam ali.     — Cair fora deste lugar. -Responde seco e sai do quarto. Ela sai logo em seguida, ainda se perguntando, onde está sua mãe.
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