O som explodiu pelo galpão como um trovão. Um som ensurdecedor, seco, definitivo. Por um instante, eu senti tudo desaparecer. Meu corpo travou. Meu coração bateu mais forte. Mas eu ainda estava vivo. E um corpo caiu perto de mim. Alguém gritou. Houve um momento de confusão, de caos, de passos correndo. Então, outro tiro. E outro. E eu percebi que algo tinha dado muito errado para eles. O cheiro de pólvora ainda estava no ar. O eco dos tiros desaparecia aos poucos, dando lugar a um silêncio pesado. Eu continuava no chão, de joelhos, minha respiração ainda acelerada. A adrenalina pulsava forte nas minhas veias. Meu coração batia tão alto que eu podia ouvi-lo nos meus ouvidos. Então, passos. Não eram passos pesados, de botas, como os daqueles brutamontes que me jogaram aqui. Eram l

