Os dias que se seguiram foram estranhamente silenciosos. Não havia mais ligações da delegacia, não havia mais olhares atravessados na Aurora, não havia mais Amanda tentando me envenenar contra o mundo. Era como se um peso tivesse sido retirado dos meus ombros, mas, ao mesmo tempo, o vazio que restou não era exatamente leve.
Eu tentava seguir com minha rotina, mas algumas coisas eram impossíveis de ignorar.
Leila, por exemplo.
Ela ainda estava por perto, mas era como se tivesse desaparecido. Eu a via de longe na Aurora, sempre ocupada, sempre evitando cruzar meu caminho. Se antes ela me ignorava com raiva, agora parecia que evitava por vergonha. Eu sabia que ela queria se redimir, mas já era tarde demais para isso.
Leo, por outro lado, continuava ao meu lado.
— Então, o que vem agora?
