Amanda respirou fundo, como se tentasse se recompor, mas falhou miseravelmente. Seus ombros tremiam, e quando ela tentou beber mais um gole do uísque, suas mãos estavam trêmulas. Ela abaixou o copo, fechou os olhos por um instante e, quando os abriu, lágrimas silenciosas escorriam por seu rosto. — Sabe o que é pior, Henry? — sua voz estava frágil, diferente de tudo o que eu já tinha ouvido dela. — Depois de Gustavo, eu nunca mais consegui confiar em ninguém. Eu vivi anos tentando provar que era forte, que ninguém mais ia me machucar. Mas, no fundo, eu só estava fugindo. Ela passou a mão pelo rosto, tentando secar as lágrimas, mas elas continuavam caindo. — E então, quando finalmente achei que poderia amar de novo… aconteceu tudo de novo. Ela riu baixinho, mas o som era puro desespero.

