Ela se aproximou mais, desafiadora. — Me diga então, Henry. O que eu sou? Minha mandíbula travou. Queria dizer tantas coisas, mas nada sairia como deveria. No fundo, eu sabia. Amanda era uma mulher que via o mundo como um jogo, e as pessoas como peças. E, de alguma forma, ela me via como a peça mais interessante. Mas eu não era um brinquedo dela. Afastando-a com o olhar, entrei no carro e bati a porta. — Isso não vai acabar bem, Henry — ela disse, encostada na janela. — Já acabou faz tempo. Arranquei dali sem olhar para trás. Naquela mesma noite, Leo me ligou. — Cara, a gente precisa conversar. Sua voz estava carregada de preocupação. E eu sabia exatamente sobre o que era. Nos encontramos num bar discreto, longe dos olhares da Aurora. Quando cheguei, ele já estava lá, girando um

