Fiquei ali, parado, sentindo uma pressão no peito. O silêncio na sala parecia ensurdecedor depois da tempestade que foi aquela discussão com Leila. Mas não era ela que ocupava meus pensamentos agora. Amanda. Eu precisava ir atrás dela. Peguei as chaves do Audi e saí da Aurora sem olhar para trás. Meu coração batia rápido. A conversa com Leila ainda ressoava na minha cabeça, mas o que me preocupava era Amanda. Eu vi o olhar dela antes de sair. Vi a dor silenciosa, o jeito como ela apenas se virou e foi embora sem dizer nada. Ela não era de explodir. Não era de gritar ou chorar na frente dos outros. Mas eu sabia que, por dentro, ela estava machucada. Eu não podia deixá-la sozinha com isso. Dirigi até a casa dela, sem nem pensar. Quando cheguei, já era noite. As luzes da mansão estava

