O silêncio no apartamento era tão denso que parecia comprimir o ar. Leila continuava próxima a mim, seus olhos buscando alguma certeza nos meus. Bryan permanecia ao fundo, os braços cruzados, uma expressão indecifrável no rosto. Ele me conhecia bem demais para não desconfiar. Bryan sempre teve um instinto aguçado, quase irritante. Enquanto Leila estava vulnerável, absorvendo cada palavra que eu dizia, ele sabia que a verdade era mais sombria do que aparentava. Depois que Leila limpou rapidamente as lágrimas e foi ao banheiro para se recompor, Bryan se aproximou. Seu olhar era duro, como uma lâmina afiada, e sua voz veio baixa, mas carregada de peso. — Então é assim? — ele murmurou, o tom sem paciência. — Vai mesmo me fazer encobrir isso? Eu o encarei, tentando parecer confiante, mas o

