Os dias passaram enquanto investigávamos cada detalhe. E então, uma noite, eu tive a resposta. A campainha tocou. Fui até a porta, sem pressa. Quando abri, o frio da noite entrou junto com a presença da pessoa parada à minha frente. Meus olhos se estreitaram. — Você. A pessoa sorriu de canto. — Precisamos conversar, Henry. Era ninguém menos que Marcos, o irmão de Hugo, eles trabalhavam juntos na obra do Resort da Amanda, inclusive vivia por perto, nunca falava nada, mas observava, minha brigas com Hugo, o assédio de Hugo com Leila, quando Hugo sumiu, ele também sumiu. — Você sumiu — falei, cruzando os braços. — E você achou que era por acaso? Deixei ele entrar, mas fiquei alerta. — Tá aqui por quê? Ele olhou ao redor, como se buscasse certezas antes de continuar. — Porque você

