Voltei para casa naquela noite determinado a fazer tudo dar certo com Leila. Quando entrei, lá estava ela, sentada no chão da sala, espalhando papéis de plantas e croquis por todos os lados. Tinha um lápis preso no coque bagunçado e uma caneca de café ao lado. — Você voltou! — ela exclamou, como se fosse a coisa mais inesperada do mundo. — Ué, Leila, moro aqui. Onde mais eu iria? — perguntei rindo, fechando a porta atrás de mim. — Sei lá, Henry. Vai que você resolveu fugir pra uma ilha deserta, cansado da sua mulher que agora sabe que o marido é o chefe e ainda manda nele. — Ela me lançou um olhar travesso, levantando-se num pulo. — Você nunca vai me deixar esquecer isso, vai? — Nunca! — ela disse, cruzando os braços. — Inclusive, eu quero um aumento! — Aumento? Como assim, Leila? E

