Empurrãozinho

1134 Words

E não sossegou mesmo. Na semana seguinte, ele "convenceu" Leila a ir num barzinho onde, convenientemente, eu estava. Depois, inventou uma desculpa esfarrapada para me fazer dar uma carona para ela. E o auge foi quando ele simplesmente nos trancou juntos dentro do escritório da Aurora, alegando que "a porta emperrou" e que ele ia "chamar alguém pra consertar". Ficamos ali por meia hora. Um silêncio estranho entre nós. Até que Leila suspirou, cruzando os braços. — Isso tá ridículo, né? — Totalmente. — O Leo é um i****a. — O maior de todos. Ela riu de leve e, por um instante, foi como se estivéssemos voltando no tempo. Antes de tudo desmoronar. — Você ainda me odeia? — ela perguntou baixinho. Engoli em seco, encarando o chão. — Se eu odiasse, seria mais fácil. Ela não respondeu.

Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD