Eu congelei. A porta do quarto aberta, Leila parada ali com os braços cruzados e um olhar que poderia perfurar concreto. Eu podia ouvir a respiração pesada dela, e minha mente gritava uma única coisa: ferrou. — Com quem você tava falando? — ela perguntou, a voz fria e calculista. Eu não podia dizer a verdade. — Com o Leo. — Sobre? — Ela deu um passo à frente. — Trabalho — menti, me amaldiçoando internamente. O olhar dela afunilou. — Então me explica por que você falou que a Amanda tá tentando ferrar sua vida. Eu pisquei. Merda. Eu sou muito burro. Leo, do outro lado da linha, percebeu o clima e falou rápido: — Oi, Leila! Era sobre um projeto! É que a Amanda quer uma reformulação no hotel, mas quer a Aurora exclusiva. Tava rolando um stress porque outras empresas queriam entrar

