Nos dias que se seguiram, a morte de Ronaldo se tornou um assunto recorrente nos noticiários locais. A polícia tratava o caso como um latrocínio, e, felizmente, nenhuma evidência apontava em minha direção. Eu era cuidadoso, e meu histórico impecável como delegado me blindava de suspeitas. Leila parecia particularmente abalada com a notícia, mas eu fiz o possível para confortá-la. Ela era sensível a tragédias e sempre se colocava no lugar das vítimas, mesmo sem conhecê-las. Isso era algo que eu amava nela, sua compaixão e empatia. "É tão triste pensar que alguém perdeu a vida assim, por tão pouco," disse ela uma noite, enquanto estávamos no sofá. Ela repousava a cabeça em meu ombro, e eu passava os dedos pelos seus cabelos. "O mundo pode ser c***l," respondi, mantendo a voz calma. "Mas n

