Alguns dias depois As coisas estavam tensas em casa, mas Leila nunca dizia diretamente o que estava incomodando. Era perceptível nas pequenas coisas: o silêncio mais longo durante o jantar, os olhares que duravam um pouco mais quando ela pensava que eu não estava vendo. Na Aurora, Amanda continuava sendo uma sombra constante. Ela trazia café, fazia perguntas desnecessárias só para ter uma desculpa para entrar no meu escritório, e o toque sutil em meu braço ou ombro começava a se tornar rotina. Uma noite, voltei para casa mais tarde do que o habitual. Leila estava sentada no sofá, os braços cruzados, me esperando. — Podemos conversar, Henry? — perguntou, direta. Assenti, sentando ao lado dela. — O que está acontecendo? — ela continuou, olhando direto nos meus olhos. — Você está distan

