Poderes em ascensão

1271 Words
Àxteron, Reino Os dias transcorriam sem anormalidades no reino de Áxteron; Leif não desgrudava os olhos da esposa, ela fingia não perceber. A cada dia, a Rainha Petra se mostrava mais interessada nos assuntos de lutas e estratégias de guerra; alguns comentavam que ela estava mais forte e com suas habilidades aguçadas ganhando dos guerreiros nas artilharias e na luta com espadas. Vinnie estava atento aos avanços da jovem moça que parecia travar uma batalha interna, lançando-se como um vulcão contra quem se aproximasse, vencendo todas as lutas. Irsa, a Sacerdotisa, sabia que algo estava prestes acontecer. Petra estava despertando os poderes de natureza física. Se isto estava acelerando, certamente ela havia se apaixonado verdadeiramente pelo esposo. A cada dia ficaria mais habilidosa e com poderes ostensivos como os Elfos das eras primordiais. Leif não se dava conta que ele seria um dos motivos dessa Ascenção meteórica. Petra tinha um valor inestimável na frente de uma batalha. Nada podia ameaça -ela. Ela havia perdido o medo de tomar atitudes sem a permissão do Rei; ela não se detinha caso houvesse necessidade de enfrentar os inimigos de frente como qualquer guerreiro, independente do seu Rei autorizar. —Vinnie, o que está havendo com a Petra? A estou vendo como uma tempestade que passa derrubando tudo! —Senhor, vossa Rainha têm se esforçando além da conta, não sei onde quer chegar! —Devo impedir que continue a desafiar meus homens? Ela está massacrando a todos. —Deixa-a Senhor, eles precisam acordar pra vida. Mas sinto por ela, parece querer diminuir um sentimento ativando outro. — Do que está se referindo Vinnie?? —Nada, senhor. Só especulação boba; geralmente as pessoas passam por problemas e resolvem desta forma. —Seu único problema Vinnie, é não aceitar que o pai a abandonou. Não sou culpado disso. Fiz um favor em acolhe-la, que quer mais? —Senhor,longe de mim querer me envolver em assuntos reais internos, percebo que a rainha sente-se sozinha. Aqui no reino todos vivem para si, ela não tem ninguém. —Como não tem ninguém, e seus amigos Rendi e Vanilla? —Esses dois agora só vivem juntos para lá e para cá. Na verdade essa união foi arranjado pela rainha. —Você está insinuando que estão juntos? —Não estou insinuando senhor, eles estão tendo um romance secreto. A rainha os uniu. Foi o que andei escutando. —Então...entre eles só existia uma amizade! —Eles quem, Senhor? —Esquece Vinnie, pensei alto demais. —Eu entendo senhor! —Vinnie, assim que a Petra finalizar os treinos, mande-a no salão real, preciso de uns esclarecimentos. —Sim Senhor. Salão Real —Mandou me Chamar? —É assim que se dirigi a mim, rainha Petra? —Oh, mil perdões! Vossa Magestade solicitou minha presença? —Está sendo irónica ou é impressão minha? —Estou cumprindo vossa recomendação, alteza. —Deixe de ser ridícula Petra chamei aqui para saber como andam os treinamentos? —Mas isso poderia ter sabido direto da fonte. Ninguém melhor que o Vinnie para responder. —Mas quero que você me fale. O que a levou exagerar nos treinos!? —Deveria saber que disciplina é meu forte. Quero ser a melhor em tudo, isso me faz superar as perdas. —Quais perdas? Não seja exagerada. —Perder sua mãe numa guerra inútil para seu marido, logo seguida ser trocada como mercadoria pelo próprio pai não significa nada para você, mas para mim é um peso enorme me sufocando a cada dia. —Sinto muito por sua vida não ter sido o conto de fadas que imaginou um dia. Guerras nunca são inúteis. Sua mãe morreu como muitas outras, nada em especial. Uma casualidade. —Você me dá asco e mais vontade de cortar cabeças inúteis. —Como a minha por exemplo. Não era isso que queria dizer? —Escuta aqui Leif, se eu quisesse entregar sua cabeça numa bandeja ao meu pai o teria feito faz tempo. Não subestime uma mulher aparentemente dócil. — Vejo que nossa conversa a casa dia só tem piorado. Vou encerrar por aqui. Já vi de tudo por hoje, mas saiba que não lutará ao meu lado. Guarde suas habilidades para cuidar das crianças e anciãos. —Isso é o que veremos! -Petra sai sem olhar para trás. Leif fica perplexo com sua reação. Ela não parecia mais a doce e ingênua Elfa que acolheu alguns anos. Sua postura de guerreira a inundou por dentro com desejo de vingança e destruição. Como ele poderia se aproximar de alguém tão arredio. Leif sentia a cada dia seu amor crescer, porém sua amada, continuava mais distante. Alguma coisa haveria de mudar o rumo dessa situação. Irsa, a Sacerdotisa —Por Tyr,o que que está havendo com Frida que não manda nenhuma mensagem?- Ela busca encontrar nos ossos das almas excomungadas respostas para suas indagações.—Os ossos nunca me ocultam nada,mas alguma coisa está errada. Frida deve ter bloqueado sua aura para que não pudesse ver seus passos; preciso ir ao seu encontro. Direi ao Leif que tenho obrigações sacerdotais na floresta sombria para que iniba os seres das trevas. Ele não perceberá que sai das terras. Verei com meus próprios olhos o que minha irmã anda aprontando. – Irsa levaria alguns dias até chegar ao região de Ásbjorn. —Meu Jovem Senhor, preciso me ausentar por alguns dias. Vou sacrificar na floresta sombria em nome do Deus Tyr para amenizar as forças trevosas. Sua vida está muito vulnerável. Vejo sua esposa arredia demais, deve ter cautela com ela. —Não se demore muito Irsa, sabe que preciso de seus conselhos. Petra realmente não me vê com bons olhos ultimamente. O que supõe? —Já não é mais uma garotinha. Aprendeu lutar e está forte. Não me admiraria se quisesse acabar com sua vida. Lembre-se: vingança é um prato que se come frio. Seu pai a mandou exterminar com sua vida há quatro anos, ela não tinha poderes para isso. Está muito forte em resistência física e espiritual. —Mas eu pensei que havia me dito que deveria faze-la se apaixonar por mim para que seus poderes pudesse me auxiliar no momento certo. —Sinto lhe informar que as coisas mudaram de rumo. Ela não me parece nada apaixonada. Seus poderes aliados a sua força física estão voltados agora para vingar a morte da Elfa Elim. Ela preferiu o amor de mãe ao seu. Vai se vingar no momento certo. —Mais não matei sua mãe! —Não importa; é filho do causador da morte e de todas as outras consequências posteriores. Ela perdeu de um vez toda sua família para viver aqui forçada. —Então...devo acreditar que estou com uma inimiga ao meu lado todo esse tempo? —Ao menos ela parece ter mudado de opinião quando disse que não queria fazer lhe m*l. Ela nem consegue disfarçar mais sua raiva. Acho que deveria entregá-la ao Lord Kelpbür, ele mesmo a levaria ao Arcebispo Duprê e tudo isso teria fim. As guerras dariam trégua para seu reino, sua única preocupação seria acabar com o pai dela, um derrotado que acha está aí dá no poder. Sua posição com a igreja poderia melhorar muito e ganhar novos aliados. Pense nisso. Agora, se me der licença meu rei, irei arrumar minhas coisas para o sacrifício. Voltarei assim que puder. —Pode ir . Obrigada por sua preocupação comigo Irsa. Ficarei de olhos atentos. Irsa envenenou o Rei com suas mentiras ardilosas. Leif estava quase se convencendo que sua esposa o trairia. Seu peito queimava de amor e raiva ao mesmo tempo. Petra estaria mesmo preparando sei fim? ...
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