Irsa, vai à Ásbjorn
Após chegar às redondezas de Ásbjorn. Irsa se transfigura em uma anciã doente para entrar no reino sem ser reconhecida. Ela só terá algumas horas para encontrar sua irmã e sair de lá sem ser reconhecida. A poção do envelhecimento não duraria muito tempo.
—Meu jovem guerreiro, poderia chamar a rainha?- Irsa fala com um guarda na entrada do reino.
—Saia daqui sua velha asquerosa, a rainha Morgana não lhe dará ouvidos.
—Calma meu jovem. Diga a ela que trago as poções que encomendou para jovialidade. Acredito que ela não gostaria de saber que seu guarda impediu de lhe entregar o material esperado. Viajei muitas luas até chegar aqui.
—Qual é o seu nome? Se estiver mentindo, vou cortar sua velha cabeça aqui mesmo no portão.-Irsa segura seu ódio.
—Diga apenas que é a velha dos perdizes.
No salão real
—Minha senhora, está aí fora uma velha que diz trazer sua poção para jovialidade. Essas anciãs mentem com seus truques. Não caia nessa conversa.
— Qual o nome dessa senhora?
—Disse apenas que era a velha dos perdizes. A senhora saberia.- Frida percebe o perigo e avisa que vai atendê-la fora dos portões.
—Minha senhora, não seria conveniente sair para falar com desconhecida. Ela pode ser uma enviada inimiga.
—Não se preocupe. Eu a conheço de longe, mas não a quero aqui no Reino se metendo a parente. Lhe darei comida e algumas runas e logo a dispensarei.
O guarda avisa a velha que espere do lado de fora; em seguida Morgana vai ao encontro da irmã alguns metros fora do portão.
—Cara irmã, o que a trás aqui? Vejo que se empenhou muito para estar horrível assim!
—Não tenho tempo para brincadeiras Frida, não vim aqui para uma visita, quero saber sobre nosso plano de exterminar Ásbjorn e tomar o Reino. Por acaso mudou de idéia?
—Claro que não mudei de idéia. Mas eu precisava ganhar a confiança dele. Tive muito trabalho para chegar até seu coração. Logo o matarei. Só não entendi sua visita inesperada?!
—Frida, não me engane. Vejo que está diferente. Isso tem a ver com sentimentos e não me parece destrutivos. A quem você quer proteger aqui?
—Está louca! Não estou interessada em ninguém. De onde tirou essa idéia?
—Não sei. Mas espero que não seja o Ásbjorn seu escolhido. Ele tem que morrer! Sua filha está mais poderosa em todos os sentidos. Está usando uma estratégia de sedução para deixá-lo vulnerável. Não consigo penetrar na sua mente e não vejo nas consultas aos ossos. Estou as cegas. Mate Ásbjorn e fuja. Só assim poderemos reinar quando eu destruir Petra e Leif.
—Não te entendo irmã. Quer reinar sem um rei, qual a finalidade disso?
—Está sentimental demais Frida. Para quê eu preciso de um rei? Posso ter na minha cama quantos homens quiser sem ser dominada por nenhum deles. Devia saber disso.
— Sim, claro. Mas agora precisa sair daqui. Já levei tempo demais nessa conversa. O guarda poderá perceber.
—Não vai convidar sua irmã para passar a noite aqui?
—Está louca Irsa! O que alegaria ao guarda para te deixar entrar no reino? Siga a esquerda, encontrará uma cabana. Pode passar a noite lá. Mais tarde levarei comida e vinho. Seja discreta.
—Estarei te esperando. Aproveita e pega um lenço do Ásbjorn, vou levar comigo para usar contra a Petra.
—Mas como acha que o Rei acreditará que esse lenço chegou até Áxteron?
—Querida irmã, atente -se a pegar o lenço mais novo. Eu cuidarei dos detalhes. Até mais !
—Não, aguarde minhas instruções; não seria prudente chegar ao reino levando este lenço. Melhor que eu o envie até você por fonte segura.
Irsa segue para a cabana. O guarda nada desconfia. A noite ela segue para a floresta através dos subterrâneos. Irsa continua a tecer planos com Frida, mas esta não lhe dará ouvidos; seus planos mudaram depois que conheceu Urias. Irsa quer reinar sozinha, ela não!
—Muito bem cara irmã. Esse lenço com as iniciais de Ásbjorn, fará com que Leif perca toda a confiança na sua esposa. Ele a entregará para a igreja. Logo será decapitada ou queimada numa bela e majestosa fogueira destinada às bruxas. E você, trate de envenenar o Ásbjorn aos poucos para parecer doença. Seja discreta, porém não demore muito. Temos que agir em sincronia. Não poderei voltar aqui. Me avise quando Ásbjorn estiver padecendo.
—Eu lhe avisarei. Não se preocupe irmã.
—Mas me diga: De onde vem essa jovialidade toda? Está parecida com a Elfa morta. Não são os perdizes!!
—Bem, realmente não foram os corações de perdizes. Eu andei sugando vitalidade de alguns presos no subterrâneo. Eles são fortes, a maioria ladrões jovens. Eu sugo sua força pela energia s****l e como seus corações.
—Magnífico!! Infelizmente eu não disponho desse material no reino de Áxteron. Você está me superando. Mas... como faz com os guardas e com os corpos?
—Acha mesmo que há guardas naquele local? Eles fogem dalí, só deixam lá comida a cada três dias e não fazem vigilância. Os subterrâneos são poucos utilizados hoje em dia, mas Ásbjorn ainda o conserva. Sobre os corpos eu dou um jeito de parecer que foi um animal feroz e faminto.
—Frida, você sabe das consequências para quem se alimenta de vitalidade humana. É reversível quando deixa de usar. Até quando viverá assim? Sabe que sua aparência não será a das melhores.
—Enquanto estiver aqui vou utilizar os prisioneiros. Depois verei como manter minha jovialidade. Já estou pensando em algo. Não se preocupe. Agora você querida irmã, deveria está preocupada com os perdizes. Logo não haverá mais nenhum, estão quase extintos na sua região.
—Eu sei. Mas há uma maneira de me manter jovem. Mas isso requer sorte e habilidade.
—E o que poderia ser? Conte-me!!
—Andei consultando umas escritas antigas na sala de leitura. Há um livro que pertenceu a mãe do Leif. Segundo a bruxaria Esférica da Matrix; ao matar uma Elfa jovem, faça uma transferência de sangue logo após sua morte. Isso fará com que permaneça jovem enquanto viver.
—Mas isso é quase impossível! As Elfas se extinguiram. Elim foi a última pelo que sei. Como faria isso?
—Elim abdicou de sua imortalidade mas permanecia jovem, apesar de ter mais de 130 anos. Sua filha é uma Híbrida legítima. Está dotada de seus poderes e é muito jovem na idade cronológica. Ao mata-la, farei com que seu sangue passe para meu corpo. Terei meus meios para fazer isso.
— Mas se ela for entregue a igreja, será decapitada ou queimada. Não poderá fazer nada!
—Não seja bobinha, acha mesmo que Leif se dará ao trabalho de entregar sua esposa? Eu serei a responsável legal como Sacerdotisa para enviar a prisioneira ao seu destino. Em casa de excomungadas, a Sacerdotisa faz as recomendações. Enviarei uma prisioneira em seu lugar após as recomendações. Enquanto isso, Petra estará sendo minha doadora. Seu corpo jogarei no fundo do Rio para virar comida de piranhas hahaha
—Mas como pretende mata-la? Você mesma me disse que ela está forte e poderosa.
—Querida irmã. Um passo de cada vez. Primeiro mate o pai, enfraqueça a filha. Entegue-a aos algozes, troque seu corpo e extermine provas. Leif estará vulnerável. Eu farei com que perca a noção por uns dias. Terei tempo para agir em segurança. Não será uma tarefa fácil, mas conseguirei.
—Mas a prisioneira pode dar com a língua nos dentes.
—A falsa Petra? Hahaha, isso se eu a deixar com alguma língua dentro da boca.
—Realmente você me supera irmã. Está de parabéns!
As duas bruxas beberam vinho até de madrugada. Logo cedo a Frida voltou para casa pelo subterrâneo. Irsa permaneceu um pouco mais até seguir viagem de volta a Áxteron.