Capítulo 1

543 Words
Era uma noite chuvosa em "Obscura City" se é uma cidade? Sim! Naquela noite acordei assustada com os gritos de minha mãe, sim! A Renata Bordieri era a minha mãe. Levantei assustada, caminhei devagarinho até a porta do meu quarto pois lá havia uma pequenina vaga a qual dava para ver a sala, minha mãe estava chorando muito, a mesma estava com as mãos amarradas com arames muito afiados, seus pulsos sangravam. -Vamos! Fala onde está a garota! Um dos soldados gritava com minha mãe, sabia que era a hora de deixar minha casa, já tinha 15 anos e com essa idade todas as meninas da minha cidade tinha que ser doadas para o convento porém minha mãe não queria me deixar ir e nem eu queria na verdade. - Eu vou perder a paciência! Fala agora ou terei que te matar e eu mesmo ir procurar! O chefe deles falou dando dois socos no rosto de minha mãe os quais fez a mesma virar a cabeça mas quando voltou cuspiu todo o sangue no rosto do mesmo. - Nunca vou entregar minha filha! Nuncaaaaaa! A mesma gritou, meu coração estava apertado, não sabia muito bem o que fazer, meu pai havia morrido na guerra quando apenas tinha 7 anos de idade, minha mãe estava dando seu melhor para mim. Pensei em sair dali e me entregar mas... - Não! Não é isso que minha mãe quer! Ela está resistindo por mim, isso não vai ser em vão! Falei baixinho para mim mesma, nesse momento os soldados começaram a procurar pela casa derrubando tudo no chão até nossa comida, a única comida que tinha pois a vida não era nada fácil sem meu pai. A mamãe chorava muito... - Filha! Se tiver me ouvindo corre por favor! - Cala a boca sua miserável! O chefe barrigudo e baixo falou dando outro tapa em minha mãe, meu coração estava cada vez mais apertado, não era nada fácil ver a pessoa que mais amo no mundo ser maltratada por minha culpa. Fechei meus olhos, respirei fundo, vestir outro vestido por cima do meu pijama, voltei até a porta, foi nesse momento que a mamãe olhou em minha direção deixando uma lágrima rolar em seu rosto, beijei minha mão e apontei para ela, a mesma sorriu assim que sorriu seu pescoço foi arrancado por uma corrente, coloquei rápido a mão em minha boca para tapar meu grito e assim deixei uma lágrima escorrer dos meus olhos. - Já reviramos tudo senhor! Ouvir um deles falar se colocando em sua posição, enchugava minhas lágrimas, respirei fundo. - Adeus mamãe, eu te amo muito! Falei baixinho, peguei a roda do meu vestido e o amarrei dando um nó para assim poder descer pela janela do meu quarto. - Aaaaaaaaaaaaaaaaaaah! Gritei quando senti alguém agarrar minha cintura com força logo depois tapou minha boca com a outra mão. - Te peguei garota! O mesmo falou perto do meu ouvido me deixando com dor de cabeça com o bafo de leão que estava, sem pensar duas vezes mordir sua mão. - aaaaaah! Sua i****a! O mesmo gritou acodindo sua mão enquanto isso corri para a floresta. Todos nós temos nossas feridas, todos nós temos nossa história obscura. - Rita Smith
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