CAPITULO CINCO

1062 Words
Eu balancei a cabeça. Foi mais cedo do que eu esperava, mas quanto mais cedo começasse, melhor seria. — Patty vai imprimir o endereço e a descrição do trabalho para você. Tente não fugir. Cad*ela. — Farei o que puder. A Sra. Lebowitz perdeu toda a jovialidade enquanto imprimia os documentos e pegava as minhas informações, incluindo uma cópia da minha carteira de motorista e número do seguro social para preparar toda a papelada. — Eu vou ficar bem. Eu disse a ela quando terminamos. Não é para sempre. Ela me deu um pequeno sorriso. — É só que você é uma garota muito doce, Cassia, e eu ouvi que esse homem é uma fera. Dei de ombros. — Quem melhor do que a filha de monstros para lidar com uma fera? Peguei a pasta e rapidamente folheei a interminável lista de tarefas antes de olhar para o endereço. — Ponto cume? Não pude deixar de perguntar. Eu nem sabia que existiam casas tão altas. Isso ficava nas montanhas, longe de tudo. Era um pouco problemático, já que ela levaria cerca de trinta minutos para voltar à cidade para ver Caio. — Isso é longe... Eu admiti, de repente não mais tão certa. — Você tem acesso a um carro. Karin se apressou em explicar, vendo que a minha determinação vacilou. — Você pode usar sempre que precisar. Respirei profundamente. — OK, sem problemas. Vou pedir a minha amiga para me levar de manhã. Olhei para Karin. — Obrigado por sua ajuda. Acrescentei com certa relutância, sabendo que a suas ações haviam sido alimentadas por uma grande comissão e nada mais. — Vou continuar procurando outra coisa para você. Continuou a sra. Lebowitz. — Assim que encontrar algo adequado, ligo para você. Eu poderia ter dito a ela para não se incomodar, que assim que eu tivesse o meu irmão de volta eu estaria deixando esta cidade para sempre e nunca mais olharia para trás, mas ela era uma mulher adorável e eu não queria preocupá-la mais do que ela já estava. — Perfeito, sim, vamos fazer isso. Até logo. — Me ligue se precisar de alguma coisa! Ela gritou assim que a porta se fechou atrás de mim. Acenei para ela e caminhei muito mais leve em direção ao ponto de ônibus, a minha pasta apertada contra o peito. Eu tinha um emprego, com um salário astronômico e sem despesas de subsistência. Era quase bom demais para ser verdade! E se o homem fosse uma bes*ta? A Sra. Lebowitz estava errada, a garota inocente que eu era antes da prisão dos meus pais morreu e desapareceu. Não era mais tão doce. Eu recebi tanto ódio nos últimos meses... Foi o suficiente para me entorpecer e me deixar tão forte quanto eu precisava ser. Eu zombei internamente. Força fera, essa menina aguenta! — Não tenho certeza se gosto disso, Cassia. A sra. Broussard inclinou-se para a frente no seu assento e fez uma careta, olhando para a cerca preta de metal e a enorme parede cinza coberta de musgo. A propriedade era tão grande que m*al podíamos ver a escuridão mansão vitoriana em estilo gótico no final da estrada de cascalho. Parecia tão austero e pouco convidativo quanto a porta e o homem que morava nela. — Tudo bem, ele é só um velho. Eu não tinha contado a ela toda a história, que não sabia quem era meu chefe, ou que sete mulheres saíram correndo de casa, correndo e gritando. — Você pode ficar comigo por mais tempo. Não há pressa. Ela insistiu. Mas eu não posso. Claro que não. Eu não podia continuar sendo um fardo para ela e ter pessoas a tratando m*al só porque ela me mostrou bondade. Ela também tinha que ir em frente e fazer o que pudesse por Caio agora, antes que ela perdesse o pouco de inocência que lhe restava. — Estou bem. É uma oportunidade para mim. Eu esperava que o meu sorriso parecesse genuíno quando estendi a mão para a maçaneta. É melhor eu tocar a campainha antes que seja tarde demais. Assim que toquei a campainha, a câmera presa na parede virou para mim. — Sim? — Sou Cassandra West. Eu estou aqui para... — Por favor, pegue os seus pertences e vá até a entrada, eles vão escoltá-la para dentro. A voz era jovem, aguda, autoritária. Por alguma razão, não era o tipo de voz que eu esperava. Voltei para o carro e para a Sra. Broussard, que ainda me olhava com curiosidade. — Minha amiga me trouxe... Comentei. — A sua amiga não pode entrar no complexo, só você. Pegue os seus pertences e vá até a porta lateral. O comando na sua voz não deixou espaço para discussão. — Claro. Voltei para o carro com um sorriso no rosto. Abri a porta do passageiro e me inclinei. — Agora eu vou pegar as malas e vou andando, ok? Ela franziu a testa. — É longe, Cassia, e as suas malas não são pequenas. Suspirei. Tinha que ser honesta com ela. — Eles são muito rigorosos com a segurança e não querem deixar você entrar. Ela franziu a testa. — Por que não? Eu balancei a minha cabeça. — Não importa. Eu preciso deste emprego e se eles forem rigorosos com a segurança, quem pode culpá-los? Ela suspirou exausta. — Prometa voltar se algo acontecer. Eu não me importo. Você não é um peso para mim. — Eu prometo. Se algo acontecer, eu te chamarei. Tirei as minhas duas malas do porta-malas e as rolei para a pequena porta lateral, que se abriu no instante em que parei em frente dela. Me virei e cumprimentei a Sra. Broussard antes de rolar as minhas malas sobre as pedras brancas. Eu gostava de usar sapatos baixos porque a caminhada longa e as pedrinhas presas nas rodas das malas dificultavam muito para que eu conseguisse puxar. Quando cheguei às escadas de pedra cinza e portas pretas, era uma bagunça suada e sem fôlego. Toquei a campainha e a porta foi imediatamente aberta por um homem cabelos grisalhos mais velhos e terno preto. Ele estava esperando por mim atrás da porta? — Senhorita Cassandra. Ele saiu do seu lugar na porta, me convidando para entrar com um aceno de mão. Deixe as suas malas no saguão, elas serão levadas para o seu quarto.
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