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839 Words
...Amanda narrando... Meu pai sempre foi meu maior herói, quando minha mãe morreu, nosso mundo desmoronou, mas em momento nenhum ele me deixou desamparada, muito pelo contrário, ele passou a ser ainda mais presente na minha vida. Aquilo me passava uma segurança muito forte, a ligação que havia entre nós dois era inexplicável e eu me sentia a pessoa mais feliz do mundo. Mas a exatamente um mês eu descobri qur nada do que tínhamos era nosso verdadeiramente, meu pai era um empresário corrupto e para não ser preso ele contou com a ajuda de alguns grandes traficantes do Rio de Janeiro, mas no final ele não teve dinheiro suficiente para sanar essas dívidas, então restou eu...os traficantes me queriam como forma de pagamento, eu podia ouvir os choros do meu pai todos os dias antes de dormir...ele me pedia imensas desculpas todos os dias por ter nos colocado nessa situação...mas eu o amava, então eu decidi que faria tudo que fosse necessário para que pudéssemos voltar a ser o que éramos antes...felizes... Entrei no seu escritório dentro de casa mesmo e sentei na sua frente...as olheiras dele eram profundas. - bom dia pai. - eu disse e ele sorriu de lado. - bom dia Amanda. Preciso falar com vc. - pode dizer. - lembra quando me disse que poderia fazer tudo que fosse necessário para resolver nossa situação? - lembro. - preciso que me faça um favor... - pai... - calma, eu jamais entregaria minha filha...eu preciso apenas que vá pra um lugar...la ninguém encontrará vc... é seguro e a pessoa é de minha inteira confiança. - que lugar?  - Complexo do Vidigal. - QUE? - as coisas serão complicadas no começo filha, mas eu preciso te manter em segurança, se eu perder vc também eu jamais me perdoaria... - e vc? - eu vou tentar resolver as coisas aqui, mas me prometa uma coisa. - o que? - aconteça o que acontecer, apenas confie em Leonardo...vc irá conhecê-lo. - respirei fundo e assenti. - vc ficará bem? - estarei bem se eu tiver certeza que está segura...agora arrume suas coisas, sairemos essa madrugada...- me levantei. - ta...tem certeza que essa é a unica saída? - tenho...confia em mim... - eu confio em vc pai, mas eu to com medo. - o Leonardo cuidará de tudo, pode acreditar...se apresse. - assenti e fui para o meu quarto rapidamente.  ...mais tarde... Eu não preguei o olho até o momento de ir, eu estava dentro do carro quase cuspindo o coração pela boca, meu pai ao meu lado dirigindo e eu percebia que ele estava tão nervoso quanto eu. Assim qur chegamos ao morro uns caras nos pararam, olharam meu pai e mandaram subir...subimos com o carro até em frente a uma casa que aparentemente era muito bonita. Meu pai me olhou se virando pra mim e eu suspirei. - logo estaremos juntos novamente, eu prometo. - assenti e o abracei forte apertando meus olhos. - eu amo vc pai. - também amo vc filha...vamos?- assenti e descemos do carro, ele pegou minha mala e um homem saiu da casa...pra ser mais exata, um Deus Grego, moreno, musculoso, lindo... ele me olhou dos pés a cabeça e depois encarou meu pai sério. - achei que estava falando de uma menina de 9 anos quando disse que ela é sensível a tudo. - olhei incrédula pro meu pai, sério que ele passou aquela imagem de mim pro Deus Grego? - bom, ela tem 21. - percebi. - o garoto disse pegando minha mala, mas meu pai o puxou prs um canto, os dois sussurraram algumas coisas, depois meu pai veio até mim e me abraçou forte...retribui. - confia no Leonardo, logo estaremos juntos.  - ta...- ele deu um beijo na minha testa e entrou no carro. Ver ele ir embora fez formar um nó na minha garganta e meus olhos lacrimejaram. - ele vai voltar. - o garoto disse percebendo meu incômodo. - Satisfação, León...- ele disse estendendo a mão e eu segurei. - Amanda. - ele assentiu e entrou na casa, o segui... Tudo era muito bonito e bem claro, subimos umas escadas e ele abriu uma porta... - esse é teu quarto... - o que meu pai te disse?- perguntei e ele riu baixo, seu sorriso era lindo. - nada demais. Eu só preciso que tu confie em mim e o resto eu faço...algumas coisas vão mudar; começando pelo teu quarto, vc arruma. - eu? - sim, e o pão com margarina é lá embaixo de manhã se quiser comer. - pão com manteiga vc quer dizer? - não, margarina mermo...se quiser dar uma descansada aí, fica a vontade, amanhã tu vai conhecer a Luiza, vai ser uma boa companhia. Boa noite. - ele saiu fechando a porta e eu respirei fundo. - vai passar rápido. - eu disse pra mim mesma mesmo não tendo certeza que aquilo passaria rápido mesmo. Deitei na cama que por sinal era muito macia, meus olhos pesaram e logo eu já estava dormindo.
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