Capítulo Três - Bella
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Droga! Agora o Harry deu para me oferecer como cantora por aí, sem nem ao menos perguntar se eu quero, o pior é que por um lado ele está certo, já que vivo chegando atrasada então tenho que recompensar de alguma maneira e por outro não já que o barzinho da irmã dele é num local de pouco movimento e ele sabe muito bem que não tenho ninguém para ir me buscar.
Algo me diz que eu vou acabar me dando m*l nesse lugar. Faço minhas obrigações na boate e sou liberada, mas antes o meu querido chefinho me entrega um valor em dinheiro para comprar uma roupa elegante.
O homem implicou com minha calça, jeans com detalhes rasgados e minha mine blusa acima do umbigo, segundo ele as minhas roupas estavam mulambentas dá para acreditar? Sério eu só aturo o Harry e as suas frescuras porque esse é o único emprego que tenho se não já tinha me livrado deste emprego há muito tempo.
Decido procurar um vestido, pois assim gasto um valor só e guardo o resto do dinheiro.
Acabo por comprar um vestido vermelho, simples e lindo bem meu estilo. Compro um escarpim bege com uma rosa do lado trazendo uma pegada delicada para combinar com o vestido que é mais chamativo.
Olho às horas e me assusto ao me dá conta que já vai dá seis horas da noite. Ótimo! Não tenho nem uma hora pelo ou menos para me arrumar.
Chego em casa, tomo um banho rápido e me arrumo em questão de minutos, passo um batom vermelho mate e marco meus olhos com uma sobra dourada e delineado de gatinho.
Desço correndo. Graças a Deus! conseguir um táxi e cheguei cinco minutos, adiantada. Sou recebida por uma mulher loira e com cara de que chupou limão, deve ser a irmã do meu querido chefe, eu só posso ter feito alguma coisa muito r**m na outra vida e vir pagar nessa só pode.
— Olá! Você deve ser a Bella, prazer Henriqueta.
— O prazer é todo meu, senhora Henriqueta.
— você já pode ir se organizado, que eu quero você cantando de sete horas em ponto nenhum minuto à mais entendeu?
— Claro! Vou subir e assim que eu afinar o violão eu começo.
— Ah! cante tanto músicas brasileiras quanto estrangeiras.
— Ok! Licença irei me organizar e já começo.
— Ótimo! Se apresse não costumo tolerar atrasos.
Ok!
— Respira fundo Bella. — Digo para mim mesma.
Meu violão já está afinado, então só preciso mesmo ajeitar algumas coisas, faço tudo o mais rápido possível, não demorar mais que o necessário aqui neste lugar.
Faço sinal para Henriqueta dizendo que já vou começar. Como quero causar impacto, escolho logo de cara uma música que fez parte do filme 50 tons de cinza. Earned it. Aprendi a poucos dias no violão e quero estreá-la aqui.
Dedilho as primeiras notas, respiro fundo e começo a cantar.
" You make it like it's magic
Cause I see nobody, nobody but you, you , you
I'm never confused
Hey, hey
I'm so used to being used
So I love when you call unexpect
Cause I hate when the moment's
Expected
So I'm care for you, you, you
I'm care for you, you, you yeah
Cause girl you're perfect
You're always worth it
And you deserve it
The way you work it
Cause girl you Earned it
Girl you Earned it
You know our love would be tragic
Sou you don't pay it, don't pay it no mind
We live with no lies
Hey, hey
You're my favorite kind of night
I'm so used to being used
So I love when you call unexpected
Cause I hate when the moment's
Expected
So I'me care for you, you, you
I'me care for you, you, you yeah
Cause girl you're perfect
You're always worth it
And you deserve it
The way you work it
Cause girl you Earned it
Girl you Earned it
On that lonely night
You said it wouldn't be love
But we felt the ruch
It made us believe it there was only us
Convinced we were broken inside,
Inside
I'm so used to being used
So I love when you call unexpected
Cause I hate when the moment's
Expected
So I'm care for you, you, you
I'm care for you, you, you yeah
Cause girl you're perfect
You're always worth it
And you deserve it
The way you work it
Cause girl you Earned it
Girl you Earned it"
Encerrei a música e fui agradecida com uma enchurrada de palmas, sinal de que eu conseguir agradar ao público, bebi um pouco de água, cantei, mas algumas músicas e encerrei com uma brasileira. Acabei, guardei meu violão e fui receber o meu dinheiro, inclusive além do cachê. Muitos clientes fizeram questão de me dá umas gorjetas a mais e os valores eram absurdos, com o valor só dessa noite vou conseguir pagar uns quatros meses de aluguel que estão atrasados.
Saio a rua está deserta, o que me deixa um pouco receosa, pois o ponto de táxi fica a duas quadras, ou seja vou ter que andar o mais depressa possível para chegar no ponto.
Ando quase correndo e tenho quase certeza que estou sendo seguida, ah! uma sombra atrás de mim e quanto mais eu apresso meus passos a pessoa parece querer me acompanhar o pior é que estou próxima do beco que dá acesso à segunda rua que sai direto para o ponto de táxi.
Começo a entrar em desespero, minhas mãos estão tremendo, minhas pernas estão andando por vontade própria, pois meu psicológico já não me permite controlar parte alguma do meu corpo sem contar que estou soando frio, praticamente quase tendo uma crise de pânico.
Sinto que os passos se aproximam e percebo que não tenho como fugir, não consigo correr, minhas pernas simplesmente não me obedecem mais. Começo a soluçar sem nem ao menos me dá conta de que estou chorando.
Sinto uma mão agarrar a minha cintura com força, tento gritar, mas antes mesmo que eu consiga abrir a boca, o homem a tampa com suas enormes mãos.
Debato-me com todas as forças que encontro, mas é em vão, tento de todas as maneiras me soltar, mas todas as alternativas que uso acabam falhando.
O homem rasga todo o meu vestido, fico apenas com minha lingerie vermelha. A única coisa que consigo fazer é chorar e quando penso que não vou conseguir sair dessa situação ilesa, escuto uma voz que me soa familiar, mas meu medo não permite que eu identifique quem é.
— Larga ela agora! Seu covarde.
Essa foram as últimas palavras que escutei antes de ver tudo escuro na minha frente.
- Writer
