CAPÍTULO 09

1374 Words
Na segunda-feira, já estou me preparando para tentar alguma coisa com o nosso primeiro alvo: Richard. O cara é um pouquinho irritante, e apesar de ser até bonitinho, tem uma desagradável mania de ficar meio que pressionando a gente à aceitar fazer coisas que não estamos à fim. E só pra constar. Eu não transei com ele, okay? E apesar de ser bastante ativo sexualmente, eu não saio ficando com qualquer um assim à toa, sem sequer olhar o caráter antes. Tá. A gente se beijou numa rápida confraternização da faculdade, mas parou aí, porque só o beijo foi o suficiente para eu constatar que não queria algo mais. Antes de sair do meu apartamento, tomo um banho demorado, passando vários minutos sob a água quente. Costumo cortar o meu cabelo branco à cada quinze dias, então ele sempre está curtinho dos lados e com um topete bem macio no topo. Um dia fiz um platinado, achando que iria ter muita diferença, mas o branco leitoso original não é muito compatível com tinta, então o platinado saiu em uns quatro dias. Ser albino tem muitas desvantagens, mas eu gosto da minha aparência, mesmo que passar um minuto à mais no sol do que o permitido faça a minha pele arder pra c*****o durante horas. Dean gosta de dizer que somos uma dupla de fantasmas, mas na minha versão, somos vampiros. É muito mais legal assim. Depois de sair banho e estar bastante cheiroso (gosto de usar um óleo de flores silvestres pra deixar minha pele com um cheiro bom que dura o dia todo. Bem gayzinho, eu sei, mas f**a-se). Visto uma roupa bem sexy e descolada, que na verdade foi a primeira coisa que encontrei no meu guarda-roupas. O dia está frio lá fora, então o suéter azul escuro que abraça o meu corpo perfeitamente vai me ajudar com isso, além de que as mangas compridas vão me ajudar no requisito O resto da roupa consiste numa calça preta justa e um par de tênis azuis, que combinam com o suéter. As cores escuras destacam a palidez da minha pele e o cabelo branco, mas não de uma forma que me deixa parecendo um doente ou algo assim. Pego a minha mochila e o meu celular, antes de conferir as horas e sair do meu apartamento em passos rápidos, tentando lembrar de quais são os horários de Richard, e qual será a hora perfeita para dar o bote. Também repasso mentalmente o código de acesso de Matteo, forçando-me à lembrar da sequência infinita de letras e números que preciso colocar no celular dos nossos suspeitos para que ele consiga ter acesso. Matteo me mandou o código ontem e me deu uma detalhada aula sobre como e onde eu devo inserir esse código de acesso (há também uma versão do código em QR CODE, que é bem mais fácil de ser logado, mas também é bem mais suspeito, já que precisaria usar o meu celular para isso também). Matteo não irá para o campus hoje, mas passará à tarde inteira online e pronto para verificar o celular de Richard um segundo depois que tiver acesso. Confesso que não entendo nada sobre como ele vai Hackear tão rápido assim, mas confio nele. Preciso confiar. Repasso o código tantas vezes na minha mente enquanto caminho até o campus que tenho certeza que não poderei esquecer mais. É como se a sequência estivesse gravada no meu cérebro tão profundamente que eu provavelmente vou sonhar e ter pesadelos com isso durante a noite. [•••] No intervalo da aula, depois de andar de forma sorrateira por quase todo o Campus, encontro Richard ajeitando alguns papéis dentro de uma sala vazia, já que ele é um riquinho mimado que conseguiu ser o orador e representante da turma de medicina e tem que ficar até mais tarde para resolver algumas coisas. Parte de mim acha que ele simplesmente comprou os professores para conseguir esse título. — Oi, Rich. — Abro um sorrisinho maroto e fingido assim que entro na sala, fechando a porta atrás de mim de forma inocente. Encaro o cara alto, branco e com o cabelo castanho claro que está atrás da mesa dos professores. Ele veste uma roupa social, mas não está com gravata. — Oi, Sean. — Ele responde, claramente surpreso por eu aparecer aqui do nada, mas varrendo cada centímetro do meu corpo com um olhar sedento, focando nos contornos das minhas pernas e cintura dentro da calça justa. Como disse antes, o cara é bonito, mas isso não é o suficiente para me fazer gostar ou querer sair com alguém. — Então... — Faço uma pausa e me aproximo dele de forma meio tímida, enfiando as mãos nos bolsos da calça. - Queria saber se a sua oferta da outra noite ainda está disponível. Faço questão de fazer a minha voz soar levemente rouca, de um jeito sexy. Richard continua varrendo o meu corpo com o seu olhar, subindo e descendo repetidas vezes. — Não acha que já perdeu a sua vez? — O desgraçado tem a ousadia de se fazer de difícil, embora esteja quase pulando em cima de mim. — Qual é, Rich. Tô afim de saber se você se garante mesmo quando o assunto em questão envolve me ter de quatro na sua frente. — Murmuro, sentando na mesa e abrindo levemente as pernas, balançando os meus pés de forma tranquila. — Porque não descobrimos, então? — Ele marcha até mim e se coloca em pé entre as minhas pernas, encaixando nossos corpos. Já consigo ver um volume exagerado na sua calça social preta, porque o tecido é mais fino do que um jens. Sinto suas mãos agarrarem a minha cintura e o seu rosto se aproximar do meu, enquanto ele me encara com um olhar sacana e a sombra de um sorriso nos lábios. Inspiro fundo, fazendo o cheiro amadeirado e forte do seu perfume meio enjoativo entrar pelas minhas narinas. — Então você finalmente resolveu que quer provar o meu p*u, depois de me dispensar tantas vezes? — Richard provoca, acariciando a minha cintura e esfregando a sua ereção na minha coxa. Eu preciso me conter para não empurra-lo para longe, porque preciso fingir que estou gostando, afinal. — C-como se você ainda não tivesse louquinho pra saber como é f***r o albino aqui. — Devolvo a provação, fazendo-o soltar uma risadinha rápida, antes de abaixar os seus lábios rapidamente para me beijar. Desvio o rosto para o lado um milissegundo antes do beijo acontecer, mas isso só faz Richard encontrar o meu pescoço no lugar dos meus lábios. Ele parece bastante satisfeito com isso, porque agarra o meu rosto com a mão livre e morde o meu pescoço com força, enquanto a sua língua roça a minha pele. — A-ah! — Empurro-o para longe, fazendo-o arregalar os olhos e levantar uma das sobrancelhas. — O que foi, Sean? — Não podemos fazer isso aqui, Rich. Me dá o seu celular, vou te passar o meu número e a gente marca de sair. — explico, tremendo levemente com a chance de isso dar errado, mas felizmente, ele retira o celular do bolso, embora não o estenda para mim, e ao invés disso, fique esperando eu recitar o número. — Não sei o meu número decorado. — Murmuro, tirando o meu celular do bolso e procurando rapidamente o QR CODE de Matteo. Eu dei uma rápida modificada na foto que ele mandou com a ajuda do canva, e agora está parecendo um QR CODE do w******p. Richard parece meio desconfiado, mas aponta a câmera do seu celular para a foto mesmo assim, me fazendo soltar um suspiro de alívio. — Hum... Acho que não tá funcionando, não. Sean. — Sério? Então coloca o seu número aqui. — Entrego o meu celular para ele, e um segundo depois dele digitar o número, eu praticamente arranco o celular da sua mão e começo a andar em direção a porta. — Me manda um oi pra eu salvar o seu! — Ele exclama, me lançando um sorriso s****o enquanto termina de arrumar os papéis. — Pode deixar, Baby! — Minto, antes de abrir a porta e dar o fora aqui.
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