CAPÍTULO 16

1338 Words
— Eu não transei com ele, se é o que você tá pensando. — Sussurro baixinho, deitado na cama de Matteo e com o cobertor puxado sobre o meu corpo nu. Estou cansado pra caramba e com as pernas bambas, mesmo que ainda não seja sequer 6:00 da tarde/noite. — Eu sei disso. — Ele dá de ombros e entra debaixo do cobertor também, já com os cachos escuros completamente secos e com os óculos redondos no rosto. Sinto-o se aproximar e encaixar o meu corpo no seu. Ainda fico surpreso como esse Matteo é o mesmo que praticamente me esfolou vivo lá no banheiro. Não que eu esteja reclamando. — ãhn... Eu não usei c*******a. Desculpa por isso, Sean. — Ele continua, erguendo levemente o rosto para me encarar. Suas sobrancelhas estão um pouco franzidas, e seus lábios Levemente contraídos. — Eu não tenho absolutamente nada, se isso te preocupa. Limpinho da Silva. — Tudo bem. Eu também não tenho nada. — Respondo, fechando os olhos e me aconchegando nele. Sempre fiz s**o seguro, e faço exames de vez em quando só para tirar alguma preocupação indesejada na minha mente. Nunca havia transando sem c*******a antes, mas a sensação de ter a p***a de Matteo dentro de mim foi estranhamente excitante. — Podemos fazer exames, se você quiser. — Matteo continua, envolvendo a minha cintura com as mãos e encaixando a sua virilha na minha b***a. Já fiquei de conchinha com caras antes (até porque simplesmente t*****r e dar tchau logo depois é um pouco escroto), mas fazer isso com Matteo parece ser bem mais íntimo. — Tudo bem, mané. — Viro-me de frente para ele e enterro os dedos no seu cabelo encaracolado, sentindo os cachos macios contra a minha palma e a sua respiração quente fazer cócegas no meu pescoço. — O que foi? — Ele ri, me fazendo puxar seus cachos com pouco de força, em parte para me vingar da forma bruta como ele me fodeu agora pouco. — Gosto do seu cabelo. — Enrolo um cacho no dedo, percebendo que quando esticado, a extensão dos fios é longa pra caramba. Sinto os seus dedos subirem da minha cintura para o meu rosto. — Também gosto do seu, mané. É tão... — Branco? — Completo, soltando uma risada alta. — Sim. — Ele dá de ombros, agarrando o meu queixo com leveza e aproximando os seus lábios dos meus. Fecho os olhos automaticamente, sentindo a sua respiração quente bater no meu rosto, antes de nossas bocas se encontrarem. O beijo é lento e carinhoso, e eu envolvo o seu pescoço com os meus braços e sinto-o enfiar uma das pernas entre as minhas, encaixando os nossos corpos perfeitamente. Nossos membros estão roçando um no outro, mas nenhum de nós está completamente e******o, até porque ainda estamos nos recuperando da última f**a. A língua quente e molhadinha dele invade a minha boca, me fazendo gemer baixinho contra ele, sentindo-a envolver a minha e se mover com calma e certa timidez. Nossos narizes roçam um no outro enquanto ficamos trocando de lado, chupando e lambendo o máximo que conseguimos um do outro. Parte de mim quer morder o seu lábio até tirar sangue, exatamente com ele fez comigo, mas o beijo lento está tão gostoso que eu preciso deixar isso para depois, não querendo quebrar o clima. — O que você acha de um cochilo rápido? Podemos comer alguma coisa mais tarde. — Matteo sussurra entre os beijos, e a minha resposta é apenas grunhir e acariciar o seu cabelo fofinho. Nós continuamos nos beijando sem qualquer pressa, até o cansaço me fazer apagar, ainda abraçado com ele. [•••] Acordo com uma leveza sobrenatural, como se estivesse dormido por dois séculos. A cama de Matteo é fofinha e os seus lençóis são quentinhos, mas percebo que ele não está mais deitado aqui comigo, embora ainda consiga sentir o seu calor na minha pele e na parte da cama em que ele estava deitado. Esfrego os olhos e solto um suspiro longo, sentindo aquela sensação estranha na minha b***a, da qual acho que vou ter que me acostumar daqui pra frente. Eu cambaleio para fora da cama e visto uma camisa que encontro no chão, que provavelmente já foi usada por Matteo. Ela não fica tão folgada no meu corpo, mas é longa o suficiente para cobrir até metade das minhas coxas, já que o dono dela parece um poste. Ainda sentindo minhas pernas bambas pra caramba, saio do quarto em passos lentos e silenciosos, sem precisar olhar no meu celular para saber que já é bem tarde da noite. Eu chutaria umas 10:00 horas. Encontro Matteo sentando no chão da sua sala, com as costas apoiadas no sofá e o seu computador no colo. Ele não está vestindo mais do que uma cueca Boxer azul e uma regata cinza, o que é sexy pra c*****o. A luz do notebook reflete nos seus óculos redondos e ilumina os cachos pretos, deixando-o um tremendo gostoso (não que ele não seja normalmente. Porque é claro que é). — O que cê tá fazendo? — Pergunto, sem conseguir evitar um bocejo longo e alto que escapa da minha garganta, enquanto sento ao seu lado e encosto a cabeça no seu ombro para ver o que ele tanto digita apressadamente no notebook. Metade da tela está preenchida com aqueles códigos tecnológicos estranhos em verde, num fundo preto, enquanto a outra metade da tela é preenchida pelo que parece ser a estrutura de um daqueles joguinhos de corrida e perseguição. — Eu desenvolvo jogos no meu tempo livre. Dá um bom dinheiro, mas também é trabalhoso pra c*****o. — Ele explica, alternando o olhar penetrante entre o meu rosto e a tela no notebook. — Sério?! Que maneiro!! — Exclamo, admirando o seu joguinho do lado direito da tela. O desenho é muito bem feito, e parece ser no mesmo estilo de "subway surf" e "temple run", onde o jogador precisa correr pelo caminho, pegar moedas e desviar dos inúmeros obstáculos na frente. — O meu único problema é a esquematização da aparência do lugar, sabe? Consigo desenvolver a estrutura perfeitamente, mas na parte criativa eu sempre me perco. — Como assim? Cria um cenário de acordo com a sua imaginação, sei lá. Tipo trilhos, uma floresta... — Não pode ser assim, Sean. — Ele n**a levemente com a cabeça, abrindo um pequeno sorriso, como se estivesse feliz em me explicar sobre isso. — Todo Jogo precisa de uma identidade. Algo que o torne único, sabe? Isso que fará as pessoas gostarem dele. Fazer cópias de outros jogos sempre é um ponto negativo. — Entendi. — Confirmo levemente com a cabeça, tentando processar as informações e procurando uma forma de ajuda-lo. Encaro novamente a estrutura do seu joguinho, percebendo que o avatar é um adolescente com roupas de faroeste (calça meio suja, chapéu e uma camisa de flanela); e o percurso que ele precisa percorrer é meio semiárido. Não é exatamente um deserto, mas está quase lá. E as nuvens escuras e estranhas no seu com certeza mostram que a temática do jogo é puxada para algo sobrenatural. — Isso me lembra algo. — Murmuro, sentindo uma ideia coçar no fundo da minha mente, embora não saiba ao certo do que estou lembrando. — Qualquer ajuda é bem-vinda. Odeio cuidar da parte criativa. — Ele solta um suspiro de cansaço. — Acho que posso te ajudar com isso. — Solto um suspiro de alívio ao lembrar da maldita ideia que estava se esvaindo da minha mente. Acho que se ele gostar tanto como eu estou gostando quando imagino o jogo com o meu cenário, vamos ter um jogo do c*****o. — Topa uma parceria? Tô desesperado pra terminar esse jogo logo. — Vou precisar de alguns dias pra pesquisar e terminar de formular a minha ideia, mas prometo de apresentar algo bacana. — Digo por fim, sem conseguir evitar o sorriso que se forma nos meus lábios.
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