Eu tava com a cabeça leve como nunca depois de todo o rolê na festa da lancha, o banho de mar, o encontro inusitado com o Gabriel, a parada no restaurante italiano chique, eu me sentia estranhamente feliz. Era como se eu tivesse conhecido um outro lado da vida, uma outra versão da cidade. E, principalmente, uma outra versão de mim mesma. Eu, a Lívia sempre tão centrada, tão no controle, agora rindo de pratos italianos impronunciáveis e deixando um cara misterioso me guiar pela noite carioca.
Saímos do restaurante de mãos dadas, e entramos no carro dele. O sorriso no canto da boca dele dizia tudo: o cara tava satisfeito com o desenrolar do encontro. Eu também. Não só satisfeita, como curiosa, excitada, brincalhona. Dentro do carro, enquanto ele dirigia devagar por ruas tranquilas, a gente
