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Gabriel Narrando Sentei no sofá da cobertura, tentando aparentar calma, mas meu coração batia forte de preocupação pela Lívia — e, pra ser sincero, também com um fio de raiva pelo olhar desse doutor Álvaro, pai dela. Ele não disfarçava que me olhava de lado, meio desconfiado, meio querendo saber quem é o “malandrão” que a filha meteu em casa. Mas, sinceramente, tô pouco me lixando pro que ele pensa de mim. Tô aqui pra cuidar da minha loirinha, que quase morreu de susto. Lívia tava encolhida perto de mim, uma manta cobrindo as pernas dela, e ela bebia um bagulho aguado devagar. Vez ou outra, eu passava a mão no cabelo, dando carinho, e soltava uns beijinhos de leve na testa dela. Sentia que ela ainda tremia. Toda hora, ela olhava pro lado, como se esperasse outro ataque. Isso me matava po

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