LUCY POV'S
Após o último final de semana, Amy estava bem melhor. Não sei exatamente o que havia acontecido na casa de Bruna, mas ela voltou preparada para encarar a vida que ela realmente tinha.
Não falamos sobre o beijo. Não dormimos mais juntas. Não nos beijamos mais.
Porém, tudo parecia normal. Ela estava de volta a galeria, eu estava de volta nas minhas aulas, as crianças no colégio integral e final de semana saímos. Mas eu queria ela, sentia falta dos beijos e principalmente do s**o.
Naquela noite cheguei em casa e havia uma sala de jantar cheia de velas e flores pelo chão. Me perguntei o que estava acontecendo, até ver Amy terminando de colocar a mesa.
-Ah d***a! Você chegou cedo demais. - ela falou e eu sorri de lado.
-Estava tentando fazer uma surpresa?- perguntei e joguei minha bolsa junto a parede.
-Mais ou menos isso. É um jantar especial.
-Cadê as crianças?
-A Duda falou algo sobre "irei levar eles ao cinema e você surpreenda sua mulher."
-Ah, então tem dedo na Duda nisso tudo? Eu sabia que você não ia lembrar. - falei um pouco triste e a vi chegar junto de mim.
-Eu sei que hoje é uma data importante para nós duas. - senti suas mãos sobre meu pescoço. - Minha vida está voltando ao normal e isso só foi possível por sua causa. - sua boca descansou em meu ombro. - Eu quero te agradecer de uma forma justa.
-Você está se sentindo culpada, é diferente.
-Não Lucy, não. Aceite esse jantar como um presente de casamento e isso aqui também. - a vi estender uma caixa preta pequena. Pensei ser um anel e logo pensei em nossas alianças, que aliás, ela voltou a usar a pouco tempo. Ao abrir percebi que era um colar prateado. Havia um pingente com um trevo de quatro folhas.
-Você é minha sorte. Então quero passar um pouco disso pra você. Vamos, sente-se. - ela puxou a cadeira e me sentei. Aquela comida. Minha comida preferida.
-Deixa eu advinhar, a Duda também ajudou nisso?
-Isso eu fiz sozinha. Espero que goste. Vamos tomar um vinho também. Por favor, vamos conversar. Preciso saber de algumas coisas.
-Será um prazer! - sorri e ficamos ali conversando por horas. Mandei uma mensagem para Duda pedindo para que as crianças dormissem lá.
Mais um tempo conversando e acabamos na sala, eu falava sobre algumas coisas do passado. E toquei no assunto de que quase nos divorciamos.
-Sério? Como eu pude ser b****a e tentar te deixar?- ela ria enquanto tomava mais um gole de vinho.
-Eu tive uma parcela de culpa. Não n**o.
-As crianças sofreram com isso?
-Elas eram bebês, acredito que nem se lembram. Foi uma época difícil e boa para a memória.
-Como reatamos?
-Você parou de ser b****a. - eu falei e ela riu. - E logo após você me ver apenas de calcinha e sutiã , talvez tenha mudado algo dentro da sua cabeça.
-Hum, bem minha cara. - ela sorriu de lado e chegou mais junto de mim. Eu queria que você me fizesse lembrar pelo menos uma parte da nossa vida.
-É só você me permitir Amy. Eu tento, mas você não deixa. Eu sinto muita falta e mesmo que as coisas estão parecidas como antes, não é o mesmo.
-Eu quero tanto quanto você. - nem vi quando meus lábios foram tomado por aqueles lábios ferozmente. Senti sua boca na minha era algo delicioso.
-Amy, você tem certeza disso?- perguntei no intervalo de um beijo e outro.
-Sim! Mais do que você pode imaginar. - senti suas mãos subindo na minha coxa e logo percebi que ela estava me levando para o quarto sem desgrudar nossas bocas. Ao chegar no quarto, percebi que tudo estava arrumado e com certeza ela também tinha planejado aquilo. -Eu quero te fazer minha.
-Eu sempre fui sua! - e os beijos seguiram, dessa vez ela tirou minha roupa lentamente enquanto eu tirava a sua aos poucos. Ela mordia meu pescoço, beijava meus s***s e chupava loucamente meus lábios. Como eu sentia falta disso. Eu já estava toda molhada e queria que ela me fodesse o mais rápido possível. Então senti dois dedos sendo enfiados na minha i********e e gemi alto. Amy pareceu gostar do meu gemido e continuou fazendo aquilo mais rápido.
-Amor, seu gemido está me deixando louca. - Amy falou no meu ouvido e eu sorri por ela ter me chamado de amor.
-Você sempre amou meus gemidos! - ao terminar de falar gemi outra vez em seu ouvido e a senti acelerar lá em baixo. Tomou meus lábios e me fez completamente sua.
...
O celular estava tocando.
Acordei de um sono leve e percebi que Amy dormia ao meu lado, coberta apenas pelo lençol grosso que estava nos cobrindo. O celular tocou novamente. Olhei o relogio e vi que eram 2:45 da manhã. d***a, quem estava ligando aquela hora? Vi no visor. Duda Madrinha. Pensei logo nas crianças.
-Oi? O que houve? Os gêmeos estão bem?
-Oi, calma. Sim, eles estão dormindo.
-E o que houve então?
-A Bruna , ela está em trabalho de parto no hospital da cidade. - me levantei em dois segundos.
-O que? -
-Isso mesmo! Anda, vem pra cá. Estou aqui com a Mari. Vou te mandar a localização por mensagem. - a chamada desligou e fui acordar Amy.
-Amy! - mexi em seu braço.- Amy amor, acorda! - ela se mexeu um pouco mas não acordou.- Amy, a Bruna vai ter o bebê. Acorda, seu sobrinho vai nascer d***a. - a vi levantar em dois segundos e já estávamos tomando banho. Em menos de cinco minutos, o carro já estava ligado e fomos para o hospital. Ao chegar vimos Duda e Mari sentadas na sala de espera.
-E ai? Onde ela está? - Amy perguntou para Mari.
-Está na sala de parto. Daqui a pouco o Pietro está ai. - Mari respondeu sorrindo.
-Meu Deus, vocês deveriam ter tomado um banho mais demorado. Tô sentindo o cheiro de s**o daqui. - Duda soltou um comentário no meio daquela toda tensão. Percebi Amy olhar pra mim envergonhada e eu apenas sorri pra ela.
-Cara! É verdade? Por isso que as crianças estão na casa da Duda. - Mari comentou.
-Vocês podem parar de falar da minha vida s****l? Por Deus! - Amy falou demonstrando raiva, mas no fundo eu sei que ela estava rindo. Sentamos e esperamos. Uma hora mais ou menos e já estávamos cochilando na sala de espera quando o Daniel apareceu dizendo que seu garoto havia nascido. Todas levantamos e o abraçamos.
-Podemos vê-lo? - Amy perguntou animada.
-Agora não. Mas eu tirei uma foto para mostrar para vocês. Dessa vez ele nasceu igual a mim, moreno e com olhos escuros.
Um coro de "owns" foi soado e sorrisos bobos com o pequeno Pietro. A partir dali , Mari e Duda foram embora por causa das crianças. Amy não queria sair dali até ver a Bruna e eu fiquei com ela.
-Onde está a Bea? - perguntei para o Daniel que ainda estava na sala de espera conosco.
-Ficou na casa dos pais da Bruna. Quando ela acordar irei buscá-la para ver o irmão e a mãe.
-Você deveria descansar um pouco. - Amy falando olhando para ele.
-Eu não consigo. Quando tivemos a Bea, eu apenas dormi quando as duas estavam em casa. Vou pegar café, vocês querem?
-Um cappucino duplo por favor. - respondi sorrindo.
-Não, obrigada! - Daniel saiu e logo vi Amy me olhando. - Nesse momento a Lara também estaria nascendo não era? - ela abaixou o rosto.
-Talvez. Mas não pense nisso querida, ela está num lugar maravilhoso agora. - peguei sua mão e a entrelacei na minha. - Estamos felizes pela Bruna e pelo pequeno Pietro.
-Sim! Você tem razão. - ela veio para ao meu lado no sofá , pegou meu rosto de leve e me deu pequeno selinho. - Eu tenho você e os gemeos, e foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. - estranhei ela falar aquilo e a olhei nos olhos.
-Aconteceu alguma coisa que eu deveria saber?
-Talvez eu tenha lembranças de algumas coisas. - aquele sorriso me derrubou e logo em seguida Daniel chegou com os cafés e ela não tocou mais no assunto e eu fiquei morrendo de curiosidade por dentro. O que será que ela teria lembrado?