Finn Meu telefone toca e eu me levanto da sala. Observo Vicent atento ao celular, parece conversar com alguém enquanto Henrico continua a conversa tensa com o meu pai. Me afasto, indo até a janela no fundo da sala, enfio a mão esquerda no bolso da frente da calça, arrasto o meu dedão no botão verde e levo o celular ao meu ouvido. — Alo. — Atendo — Graças a Deus... — a voz conhecida murmura do outro lado. Retiro o celular do ouvido mais uma vez. Número desconhecido. Devolvo ao ouvido. — Finn, você tá aí? — Ela pergunta mais e vez. Eu estou delirando? – Quem está falando? — Questiono. — Pietra, já esqueceu o som da minha voz? — P-Pietra? — Gaguejo e engasgo com a minha própria saliva. — Onde você está? Eu... céus, onde você está? Eu vou buscar você... eu... — Finn, se acalma. —

